“Demonstrada em Viña del Mar a pujança do futebol nacional”, destacava o Estado de Minas, em 29/5/1962 – véspera da estreia do Brasil no Mundial e uma semana depois de um dos maiores desastres da história do Chile: em 21 e 22 de maio, dois violentos terremotos atingiram o país, deixando 5 mil mortos e 25% da população desabrigada.
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Na reta final de preparação, no Chile, o Brasil empatou com o Wanderers e encerrou com a goleada sobre o Everton, à época quarto colocado do campeonato andino. Mesmo com o placar elástico, foram os chilenos que saíram na frente, aos 9min, com gol de Escudero. Mas a vantagem durou pouco: Pelé fez duas jogadas brilhantes e tocou para Vavá virar o jogo antes dos 20min. Depois de duas assistências, foi a vez do Rei brilhar, marcando o terceiro e quarto gols.
Para o período complementar, Aimoré mandou a campo um escrete bastante modificado. Coutinho, Amarildo, Bellini e Castilho entraram nos lugares de Vavá, Pelé, Mauro e Gilmar, respectivamente. “Foi notado aumento de realização motivado, talvez, pelo desejo dos jogadores em alcançarem a condição de titular”, detalhou o EM sobre os 45 minutos finais, quando o Brasil marcou com Amarildo e Zagallo, duas vezes cada, e Jair da Costa.
O jogo-treino, que teve boa presença do público no Sausalito, foi uma mostra do poderio ofensivo do Brasil na Copa. Em seis jogos, o Brasil venceu cinco e empatou um, marcando 14 gols e sofrendo cinco. Com Pelé machucado a partir da segunda partida, Garrincha chamou a responsabilidade e brilhou, com quatro gols, o mesmo número de Vavá e um a mais que Amarildo, substituto de Pelé.
