Roberto Rivellino teve uma carreira marcante. Revelado pelo Corinthians, o meia foi destaque com a camisa da Seleção Brasileira em 1970. Curiosamente, antes de profissionalizar no time alvinegro, o jogador fez um teste no Palmeiras e foi recusado. Por isso ele sempre se esforçava para se dar bem contra o alviverde.
No Brasil, Rivellino também passou por Portuguesa, Fluminense e São Paulo. Em sua estreia no Tricolor carioca, o ex-meia aplicou o famoso drible “elástico” num amistoso diante do Corinthians, no Maracanã. Apontado como criador da jogada, ele revelou que copiou o drible de um amigo dos tempos de futsal, chamado Sérgio Echigo.
A carreira de Rivellino também tem capítulos no exterior, com passagens pelo Al-Hilal (Arábia Saudita) e o Cosmos (Estados Unidos). Outro dado interessante de Rivellino é sobre os fãs que ele angariou em campo. Um dos mais famosos é Diego Maradona, que admitiu apreciar o estilo do ex-armador.
Pela Seleção Brasileira, Rivellino foi campeão em 1970 e disputou as edições de 1974 e 1978. No Mundial disputado na Argentina, ele foi reserva por estar lesionado. O ex-jogador pendurou as chuteiras em 1981, no São Paulo. Na escolha dos melhores de todos os tempos, o ex-meia mostrou que prefere um meio-campo sem erros de passe, com quatro jogadores técnicos e nenhum marcador de origem. A compensação vem com laterais fortes na defesa, de décadas anteriores.
Veja a seleção de todos os tempos na opinião de Rivellino:
Gordon Banks - A lendária defesa em uma cabeçada de Pelé em 1970 é um marco na carreira do ex-goleiro.
Mas, o ex-jogador da Seleção Inglesa teve outros momentos de destaque. Ele fez 73 jogos por seu país. Sua carreira ficou comprometida depois que perdeu a visão de um olho em um acidente automobilístico, mas ele ainda continuou a jogar. Porém, o momento de glória foi o único título mundial com a Inglaterra, na Copa de 1966
Carlos Alberto - O lateral-direito, capitão do tri mundial da Seleção Brasileira, em 1970, bicampeão brasileiro pelo Santos, além de pentacampeão paulista e tricampeão carioca pelo Fluminense.
Luís Pereira - o zagueiro foi ídolo no Palmeiras e Atlético de Madrid. Considerado um jogador clássico, ele atuou até os 47 anos, idade avançada para o futebol.
Beckenbauer - Líbero, capitão do título alemão da Copa do Mundo de 74. Foi eleito duas vezes o melhor jogador da Europa e três vezes o melhor da Alemanha. Campeão da Eurocopa, Mundial de Clubes e tricampeão da Liga dos Campeões da Europa, pelo Bayern, além de quatro vezes campeão alemão e da Copa da Alemanha.
Nilton Santos - considerado um dos maiores laterais de todos os tempos, o ex-jogador faleceu no ano passado. Nilton vestiu a camisa do Botafogo por 17 anos, único clube de sua carreira. Ele disputou quatro Copas, com triunfo em 1958 e 1962.
Platini - considerado um dos ídolos da Seleção Francesa, o meia foi destaque em seu país e no mundo. Ele começou a carreira profissional no Nancy, depois passou por Saint-Étienne e Juventus.
Zidane - o posto de maior jogador francês parece ter mudado de trono com a hegemonia de Zidane. O craque, que já foi eleito por três vezes o melhor do mundo, ajudou a seleção a conquistar a Copa do Mundo de 1998, na final contra o Brasil. A geração de Zizou ainda venceu a Eurocopa 2000 e disputou a final do Mundial de 2006.
Maradona - meia-atacante argentino, campeão da Copa do Mundo de 1986 e eleito pela Fifa o melhor atleta da competição. É considerado por muitos amantes do futebol o melhor jogador de todos os tempos, acima de Pelé. Atuou por Boca Juniors, Barcelona e Napoli e ganhou diversos prêmios de melhor jogador do mundo nos anos 80.
Pelé - meio-campista, considerado o maior jogador da história do futebol e eleito Atleta do Século, em 1981 pela revista L'Equipe. Foi tricampeão da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira (1958, 1962 e 1970) e é o maior artilheiro do time canarinho. Pelo Santos, conquistou seis Brasileiros, duas Libertadores, além de dois Mundiais de Clubes. Em sua carreira, marcou 1281 gols em 1363 partidas.
Garrincha - ídolo da Seleção Brasileira e do Botafogo. O ex-jogador foi bicampeão mundial com a Seleção, e o camisa 7 foi o protagonista de 1962, depois da contusão de Pelé.
Eusébio - o craque português faleceu nesse domingo. Nascido em Moçambique, ele brilhou com a camisa da Seleção Portuguesa e do Benfica. O ex-jogador foi comparado a Pelé em sua terra natal, até pelo poder de balançar as redes.
Zagallo - único participante de quatro títulos mundiais na história, Zagallo foi treinador brasileiro na Copa de 1970. Em 1958 e 1962, ele foi campeão dentro das quatro linhas. Já em 1994, ele foi coordenador-técnico da Seleção Brasileira.
