Taça Brasil 1966
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TAÇA BRASIL DE 1966

"Rápido e rasteiro": time campeão em 1966 idealizou a escola de futebol do Cruzeiro

Clube celeste, em 66, mostrou um futebol bonito e com um ataque veloz

postado em 07/12/2016 06:30 / atualizado em 16/12/2020 23:12

(Foto: Arquivo O Cruzeiro/EM)
“Raul na meta, Procópio e Neco, William, Pedro Paulo, Piazza e Natal. E Dirceu Lopes, um furacão, e o nosso artilheiro Tostão! Evaldo, que não é de brincadeira, e lá na ponta corre o Hilton de Oliveira”. A música lembrada pelos jogadores campeões da Taça Brasil de 1966 cita os 11 atletas titulares do jovem e talentoso time do Cruzeiro. Naquela época, a equipe não apenas conquistou um dos títulos mais importantes do clube, mas deixou como legado o que seria a marca da 'escola de futebol celeste'.

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“A música era fantástica. Idealizava exatamente o que era o Cruzeiro”, revelou o ex-zagueiro Procópio Cardoso.

Toque de bola, domínio do jogo e ataque veloz. Essas são as principais características do time que ganhou a Taça Brasil. “Rápido e rasteiro como o ataque do Cruzeiro”, era uma das expressões que, à época, fazia sucesso.

“Essa expressão surgiu com os torcedores fanáticos com o clube e fanáticos com aquele ataque. Mas, não só com o ataque. Era do goleiro ao ponta esquerda. Aí eles falavam: ‘O time do Cruzeiro é rápido e rasteiro’. Eu tinha muita velocidade, o Hilton e o Dirceu Lopes também. O Tostão com a qualidade nas assistências. O Evaldo na frente tirando os zagueiros para nós entrarmos. Aí ficou: ‘rápido e rasteiro como o ataque do Cruzeiro’”, afirmou o ex-atacante Natal.

Depois do título de 1966, o Cruzeiro passou a adotar essa forma de jogar, valorizando, principalmente, o ataque. O modelo de futebol apresentado em 1966 é seguido, inclusive, nas categorias de base do clube.

“Aquele time era a matriz, era o modelo. Um modelo vencedor, bonito, que agrada. O torcedor ia para arquibancada, e não precisava ser do Cruzeiro, porque muitos torcedores rivais iam ver o jogo do Cruzeiro, porque sabia que ia ter espetáculo. Aquele futebol jogado na década de 60 é a matriz de tudo, ideal para se jogar”, comentou o ex-goleiro Raul Plassmann.





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