Mas qual a representatividade daqueles triunfos sobre o “melhor time do planeta”? O que as vitórias significariam hoje? Ídolos do Cruzeiro que estiveram naquela conquista histórica respondem.
Campeões do mundo
“A dimensão pode ser comparada a um Mundial. Claro, que a gente tem que se transportar para aquela época. Nos anos 60 não havia condições de divulgação como tem hoje. O título, sem dúvida alguma, é o maior da história do clube. Por causa do momento, porque abriu as portas para Minas, o Cruzeiro se tornou conhecido, porque bateu o Santos de Pelé. Era um time guloso, que gostava de jogar para frente, o compromisso sempre foi atacar, atacar e atacar. Esse foi o título de maior expressão da época e até hoje repercute. Já se passaram 50 anos e estamos aqui conversando sobre isso”, afirma Raul Plassman, goleiro campeão da Taça Brasil de 1966 com o Cruzeiro.
Barcelona que nada!
“O Santos de 1966 era muito melhor (que o Barcelona atual). O time do Pelé não era fácil não, eles eram bicampeões mundiais. O Cruzeiro era apenas campeão mineiro. Aí quando nós conseguimos esse título em 66, o Cruzeiro de 10 passou para 90. E tem muita gente que não reconhece. Mas, infelizmente, a vida é assim”, afirma Natal, ponta-direita campeão da Taça Brasil de 1966 com o Cruzeiro.
Atropelar a Seleção Brasileira
“Era ganhar do melhor time do mundo. Não só o fato de ter Pelé, mas o Santos era uma verdadeira Seleção Brasileira. E o Cruzeiro, por outro lado, era um time praticamente desconhecido. O futebol mineiro era um exportador de jogadores para o Rio e para São Paulo. Eu penso que foi a conquista mais importante da história do Cruzeiro, pois penso que transformou o Cruzeiro num clube nacional e, posteriormente, mundial”, afirma Dirceu Lopes, meia campeão da Taça Brasil de 1966 com o Cruzeiro.