Geovanni tem uma vida agitada após a aposentadoria do futebol. Revelado pelo Cruzeiro e com passagem pelo América, o ex-atacante de 43 anos mora em Belo Horizonte e se divide entre três 'funções': pastor, agente de jogadores e investidor.
Fora dos gramados desde 2013, Geovanni fundou logo no ano seguinte a DG Esportiva, empresa que trabalha majoritariamente com atletas da base. Em participação no Por Onde Anda?, quadro do Superesportes, o ex-jogador falou sobre as responsabilidades e a parceria com Cléber Monteiro, também ex-Cruzeiro, e o sogro, Roberto Assunção. Veja a entrevista na íntegra no vídeo abaixo:
"Em 2014 nós montamos nossa empresa, eu, com o Cléber Monteiro e meu sogro, Roberto Assunção. De lá para cá nós agenciamos jogadores, trabalhamos nesse ramo. Eu troquei um pouco, saí do gramado, mas trabalhando como empresário estou no ramo, porque é uma paixão", afirmou.
Geovanni explica que a atuação é maior na parte administrativa, mas ainda assim precisa viajar em algumas ocasiões.
"Eu participo mais dessa parte administrativa, enquanto o Cléber viaja mais, vai nas apresentações de jogadores. Eu prefiro ficar mais afastado, porque peguei muitas viagens longas, principalmente nos Estados Unidos. (...) Mas não quer dizer que em algumas ocasiões eu não tenha que viajar", detalhou.
Investimentos
Geovanni também é investidor na área de construção civil. Com a paixão por engenharia, o ex-jogador conta que gosta muito de acompanhar obras procurou se envolver mais com o setor após a carreira no futebol.
"É uma outra área que eu atuo, até mesmo pela dificuldade de sair daqui, de Belo Horizonte. Sou mais um investidor, mas sempre preciso estar aqui, pela parte burocrática, com reuniões. É uma parte que eu amo muito. Se eu não fosse jogador de futebol, meu sonho era ser engenheiro civil", afirmou.
Trabalho social
O ex-atacante ainda faz outro trabalho social atuando como pastor evangélico, além de auxiliar em projetos voluntários. Geovanni conta que abriu mão do salário e se vê 'abençoado' por poder participar desse segmento.
"Eu moro na Pampulha, hoje sou pastor evangélico. Dedico grande parte do meu tempo na obra, como pastor voluntário. Deixar bem claro que a Bíblia fala que todo homem é digno de seu salário, o pastor precisa receber, mas graças a Deus sou voluntário, Deus me abençoou, e tenho feito essa obra como voluntário, dedicando meu tempo, também nas obras sociais, casa de recuperação e vários outros segmentos, Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais)", detalhou.
Geovanni no Cruzeiro
Geovanni teve duas passagens pelo Cruzeiro. Revelado em 1997, ele permaneceu no clube até 2001 - com exceção de 1998, quando foi emprestado ao América. O ex-atacante retornou à Toca da Raposa em 2006 e deixou o clube novamente no ano seguinte.
Ao todo, foram 47 gols em 190 jogos com a camisa celeste. Autor do gol que levou o clube ao título da Copa do Brasil em 2000, ele ainda levantou as taças do Campeonato Mineiro (1997 e 1998), da Recopa Sul-Americana (1998) e da Copa Sul-Minas (2001).
Como torcedor, o ex-jogador elogiou o trabalho do técnico uruguaio Paulo Pezzolano, que ajudou o time no retorno à Série A do Campeonato Brasileiro. Geovanni espera uma equipe 'ajustada' para a permanência na elite, mas projeta a Raposa brigando por título já em 2024.
"Gosto muito do Pezzolano, da forma dele de conduzir. É um treinador que joga com o time. Gostei dessa performance na Série B, chegaram vários jogadores. Claro que precisa contratar, mas estamos muito próximo do Campeonato Mineiro, que será um base para o Brasileiro", disse.
"Série A é totalmente diferente, o jogo é mais jogado, a qualidade técnica é maior, então tem que se preparar muito bem para fazer um bom trabalho neste primeiro ano na elite, para no segundo já pensar em Libertadores ou até título. Esse ano é montar um time bom, ajeitar tudo direitinho para poder fazer um bom trabalho e quem sabe ficar ali intermediário ", completou.
Por Onde Anda?
O Por Onde Anda? é um quadro quinzenal publicado no Superesportes e no YouTube do Portal UAI. Nele, são entrevistados ex-jogadores e ex-técnicos de América, Atlético e Cruzeiro que estão aposentados ou em mercados alternativos do mundo da bola.
Nesta semana, além da rotina como aposentado, Geovanni relembrou a ida para o Barcelona, da Espanha, as passagens pelo América e a polêmica saída da Raposa na segunda passagem.
O jogador ainda comentou a trajetória no futebol, em que atuou também por Benfica, de Portugal, Manchester City e Hull City, ambos da Inglaterra, SJ Earthquakes, dos Estados Unidos, Vitória e Bragantino.
O jogador ainda comentou a trajetória no futebol, em que atuou também por Benfica, de Portugal, Manchester City e Hull City, ambos da Inglaterra, SJ Earthquakes, dos Estados Unidos, Vitória e Bragantino.