Ex-lateral-direito, Balu explicou o motivo de ter deixado o Cruzeiro em plena era campeã. O ex-jogador trocou a Raposa pelo Paraná em 1991, ano em que o time mineiro conquistou as taças da Copa dos Campeões Mineiros e da Supercopa dos Campeões da Libertadores.
Balu revela que a decisão partiu dele e contrariou pedidos da diretoria e do então técnico Ênio Andrade.
"Eu sou o culpado. Me precipitei, a diretoria não queria. O Ênio Andrade me chamava, perguntava, 'você quer ir para onde hoje? Sair do Brasil hoje, sair do Cruzeiro para ficar no futebol brasileiro, só se for o São Paulo, não tem outro time. Calma que você vai para a Europa'. Mas aconteceram algumas coisas, problemas particulares, e eu tive que sair. Não iria acontecer nada, mas pensei na minha família, queria estar junto com eles", disse Balu, em participação no Por Onde Anda?, do Superesportes.
Nos anos seguintes, o Cruzeiro ainda conquistou diversos campeonatos: Supercopa do Campeões (1992), Mineiro (1992 e 1994) Copa do Brasil (1993), Copa Ouro (1995) e Copa Master da Supercopa (1995). Balu, por sua vez, venceu apenas dois estaduais com a camisa celeste.
"Não (bateu o remorso). Ficava feliz que o Cruzeiro estava ganhando tudo, e eu participei. Sai em junho (de 1991), então fiz alguns jogos. Talvez não fiquei frustrado porque fui para um clube que ninguém conhecia (Paraná Clube), mas quando cheguei, tinha dois anos de vida, fiz contrato de seis meses, e levei o primeiro título", afirmou.
"Terminou meu primeiro contrato com o Paraná em dezembro (de 1991), renovei, fomos para o Brasileiro da Série B e levei o título. Comecei a ganhar tudo no Paraná também. Talvez isso não tenha me deixado tão frustrado. Mas assim: quando tinha jogo do Cruzeiro, os caras sabiam que eu queria ver para torcer", explicou o ex-lateral.
Aos 60 anos, Balu trabalha como observador técnico no Santos. Pelo Cruzeiro, foram 322 jogos entre 1986 e 1991. Além dos títulos estaduais, o ex-jogador participou de grandes campanhas, sendo semifinalista da Copa União em 1987 e vice-campeão da Supercopa dos Campeões da Libertadores, em 1988.