Ex-jogador do Atlético, Mancini contou as experiências que teve após se aposentar, em 2016, como técnico e comentarista. Ele também projetou a sequência da carreira nas categorias de base.
Mancini iniciou a trajetória no futebol como lateral-direito do Galo, no final da década de 1990. Foi emprestado à Portuguesa e ao São Caetano em 2001 e retornou ao clube alvinegro no ano seguinte.
Após ótima temporada, foi vendido ao Venezia, da Itália, antes de ter ótima passagem pela Roma. A terceira e última vez que o ex-jogador defendeu o Atlético foi entre 2011 e 2012, já como meia-atacante. Ao todo, ele fez 27 gols em 174 partidas e conquistou o Campeonato Mineiro em 1999, 2000 e 2012.
Em Minas, também defendeu o América em 2014 e 2015 e encerrou a carreira nos gramados após o Mineiro de 2016, pelo Villa Nova. Em participação no quadro Por Onde Anda?, Mancini revelou que não pretendia trabalhar mais com futebol.
"Assim que eu terminei minha carreira, em 2016, no Villa, eu disse para mim mesmo: 'não vou mexer com bola mais, foram 20 anos de carreira', e futebol que, se tratando de Brasil, é um esporte que se consome muito. Vivemos sob pressão, não tem vida social. Quando os momentos são ruins, fica com receio de sair, encontrar uma pessoa inconveniente, você procura evitar", afirmou.
No entanto, ele mudou de ideia pouco tempo depois e retornou com a mulher para a Itália, onde realizou cursos da UEFA para se tornar treinador.
"Mas como está no sangue, a vida toda fazendo isso, um dia falei, 'poxa, carreira toda internacional, domino a língua, tenho casa lá, sou respeitado, o futebol é tático, como o italiano'. Falei para a esposa, vamos voltar para a Itália? Ela falou 'bora' na mesma hora", explicou.
Início como treinador na Itália
Atualmente, Mancini está apto a trabalhar em qualquer clube do mundo como técnico. O ex-atleta revela que demorou três anos para concluir os cursos da UEFA (A, B e PRO), além de ter participações no dia a dia de clubes importantes, como a Juventus.
Sua primeira experiência foi no Foggia, da Itália. Ele dirigiu o clube por apenas quatro meses, devido a divergências com a diretoria.
"Foi bacana, mas tive que sair porque tive problema com o diretor. O cara era diretor, mas queria ser técnico. Isso na minha carreira eu não permito. Ajudar sim, mas exigir, impor, já foge daquilo que penso futebol, porque ser técnico tem que ter suas convicções", explicou.
A volta a MG
Mancini retornou a Minas Gerais para comandar o Villa Nova na Série D de 2021. No entanto, também permaneceu pouco tempo, mas por conta da pouca estrutura do time mineiro.
"Volto como técnico do Villa em 2021, mas em um clube totalmente desestruturado. Pela minha influência em Belo Horizonte, muitos amigos me ajudaram. Mas foi muito difícil, fui mais para ajudar o Villa. Acho que foi uma baita experiência", afirmou.
Sequência da carreira
Aos 41 anos, Mancini também teve experiências fora dos gramados após se aposentar. Recentemente, ele comentou jogos da Liga dos Campeões e da Copa Libertadores pela TV Alterosa. Apesar de ter gostado, projeta a sequência como técnico de algum time nas categorias de base.
"Minha ideia hoje é ser treinador. Tive uma experiência na última Liga dos Campeões, que comentei pela TV Alterosa. Foi uma experiência bacana, nunca imaginei fazer, ser comentarista. Achei legal, foi uma experiência válida. (...) Agora, buscando outros ares, uma base, um Sub-17 ou Sub-20, acho bacana", afirmou.
Mancini também ocupa sua rotina com empreendimentos. O ex-jogador é dono de academia, casas de carne e ainda trabalha com imóveis. Em seu tempo livre, gosta de praticar o futevôlei.