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Mineiro conquista primeira medalha do Brasil na Paralimpíada de Tóquio

De Santa Luzia, Gabriel Araújo levou a prata nos 100 metros costas da classe S2, de atletas com funções limitadas nas mãos, tronco ou pernas

25/08/2021 08:22 / atualizado em 25/08/2021 11:20
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Gabriel Araújo, de 19 anos, com a prata no peito: ele é uma das apostas do Brasil não só em Tóquio, mas também em Paris'2024
foto: Comitê Paralímpico Brasileiro/Twitter

Gabriel Araújo, de 19 anos, com a prata no peito: ele é uma das apostas do Brasil não só em Tóquio, mas também em Paris'2024

O nadador mineiro Gabriel Araújo conquistou a primeira medalha na Paralimpíada de Tóquio. Araújo foi medalha de prata nos 100 metros costas da classe S2 (para atletas com funções limitadas nas mãos, tronco ou pernas). O ouro ficou com o chileno Alberto Albarza e o bronze com o russo Vladimir Danilenko.

Imagens do primeiro dia de disputas na Paralimpíada de Tóquio



Araújo, que é natural de Santa Luzia (MG), teve uma saída muito forte, abrindo certa vantagem para os competidores. Porém, já na virada, Abarza estava próximo e conseguiu ultrapassá-lo durante a segunda parte da prova.

O brasileiro, contudo, conseguiu segurar a vantagem para Danilenko e garantir a prata, com o tempo final de 2min02s47.

Após a conquista da medalha, o mineiro foi até a raia ao lado e cumprimentou efusivamente o medalhista de ouro Abarza, recebendo um abraço em retorno.

Em entrevista para o SporTV após a medalha, Gabriel dedicou a medalha ao avô, que morreu na semana passada.

Ele disse ter ficado com gostinho de "quero mais" e prometeu buscar o ouro em outras duas provas que ainda disputará nesta Paralimpíada.

Araújo tem apenas 19 anos e já e considerado uma das apostas do Brasil para a Paralimpíada de Paris'2024. Na semifinal, havia avançado com o quarto tempo (2min09s73) e conseguiu melhorar bastante na final para conquistar a medalha.

Antes dele, o Brasil já havia chegado na final dos 100 metros costas da classe S1 (atletas com tetraplegia) com José Ronaldo. O brasileiro ficou em quinto lugar, com o tempo de 3min03s18. O ouro ficou com o israelense Iyad Shalabi, prata com Anton Kol da Ucrânia e bronze para o italiano Francesco Bettella.

Ouro e bronze

O Brasil conquistou uma medalha de cada cor no primeiro dia da Paralimpíada, todas na natação.

Após Gabriel Araújo conquistar a prata na classe S2, Gabriel Bandeira levou o ouro nos 100 metros borboleta na S14 e Phelipe Rodrigues conquistou o bronze nos 50 metros livre da classe S10 (para atletas com deficiências físicas 'menores', como a perda de uma mão).

Phelipe fez o tempo de 23s50. O australiano Rowan Crothers venceu a prova e levou o ouro, com Maskym Krypak, da Ucrânia, vindo logo atrás com a prata.

Assim como Bandeira e Araújo, Phelipe melhorou o tempo em relação à semifinal, diminuindo sua marca em 24 centésimos de segundo. O brasileiro também havia avançado com o terceiro melhor tempo das eliminatórias, repetindo o desempenho na final

Foi a oitava medalha de Phelipe em Paralimpíadas. O brasileiro conquistou duas pratas em Pequim'2008, uma prata em Londres'2012, e duas pratas e dois bronzes na Rio'2016.

Em Tóquio, ainda compete nos 100 metros livre.

Na final dos 100 metros borboleta classe S13 (deficientes visuais), o brasileiro Douglas Matera ficou na sétima colocação, com o tempo de 58s53. O ouro foi do bielorrusso Ihar Boki, que foi tricampeão paralímpico da prova. 


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