RIO 2016
O ciclismo de estrada foi a primeira modalidade a ser disputada em cima de uma bicicleta. A competição ocorreu em 31 de maio de 1868, no Parc de Saint-Cloud, em Paris. Assim, o britânico James Moore é considerado o primeiro ciclista a vencer uma prova. No ano seguinte, Moore escreveu mais uma vez seu nome na história. Ele triunfou na primeira prova do esporte entre cidades. O britânico levou 10h25 para percorrer os 123 quilômetros entre Paris e Rouen.
Com a popularidade em alta, o ciclismo de estrada fez parte do programa da primeira edição dos Jogos Olímpicos, em Atenas-1896. A primeira prova percorreu o mesmo trajeto que a tradicional maratona dos primeiros Jogos. Os ciclistas largaram em Atenas, foram até a cidade de Marathon e retornaram à capital grega.
Embora tenha participado em Atenas-1896, o ciclismo de estrada não esteve presente nas três edições seguintes: Paris-1900, St. Louis-1904 e Londres-1908. O retorno se deu nos Jogos de Estocolmo, em 1912. Desde então, não houve mais interrupções na participação da modalidade. As mulheres, entretanto, só entraram na disputa em Los Angeles-1984, com a prova individual de estrada.
As bicicletas para as provas de estrada são geralmente feitas com quadro de carbono e outros materiais leves. O peso não chega a 7kg. Além disso, o guidão é propositalmente baixo, o que permite ao ciclista uma boa economia de energia, além de uma aerodinâmica mais favorável.
Medalhas em família
Ganhar uma medalha olímpica é um feito alcançado por poucos. Para a família sueca Pettersson, no entanto, o pódio foi algo banal nos Jogos de Tóquio-1964 e Cidade do México-1968. No Japão, três dos irmãos Pettersson voltaram para casa com medalhas. Gösta, o mais famoso deles, Erik e Sture levaram o time sueco ao bronze na prova de estrada contra o relógio.
Não foi o suficiente para os Pettersson. Quatro anos depois, no México, eles fizeram ainda melhor. Sven Harmin, o outro integrante da equipe medalhista em 1964, foi substituído por Tomas Pettersson. Com a família completa, os suecos melhoraram o resultado da edição anterior e conquistaram a prata. Para completar a festa na casa sueca, Gösta ainda levou um bronze na prova de estrada.
A super holandesa
O nome dela é enorme: Leontien Martha Henrica Petronella Zijlaard-van Moorsel. Maior do que isso só mesmo as conquistas desta ciclista holandesa. Nascida em 22 de março de 1970, van Moorsel é a maior vencedora da história do ciclismo de estrada. Em Sidney-2000 e Atenas-2004, a holandesa conquistou nada menos do que três medalhas de ouro na modalidade.
A holandesa foi ouro na prova de resistência e contra-relógio em Sidney-2000 e repetiu o título no contra-relógio em Atenas-2004. Os resultados já colocariam a ciclista na história, mas ela ainda aumentou seu sucesso na pista. Além dos três ouros na estrada, van Moorsel ainda conquistou um ouro (perseguição individual) e uma prata (corrida por pontos) em Sidney-2000 e um bronze (perseguição individual) em Atenas-2004.
Sem medalhas
O Brasil ainda não possui medalha olímpica em ciclismo de estrada. Nas Olimpíadas de Londres-2012, a seleção levou seis atletas da modalidade. Os melhores resultados no masculino foram do catarinense Murilo Fischer, 32º lugar na prova de estrada, entre 144 participantes e à frente de ciclistas renomados como o norte-americano Tyler Farrar e o eslovaco Peter Sagan, e do sul-mato-grossense Magno Nazaret, 26º colocado no contrarrelógio individual.
No feminino, a goiana Clemilda Fernandes ficou em 23º lugar, melhorando e muito a 51ª posição alcançada em Pequim 2008. No contrarrelógio, ela foi a 18ª colocada, em prova que terminou com o bicampeonato olímpico da norte-americana Kristin Armstrong.
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