Doze edições dos Jogos Olímpicos se passaram desde a última participação de Larisa Latynina e ninguém conseguiu quebrar o recorde de medalhas individuais da atleta ucraniana, que competia pela União Soviética. Dos 18 pódios de Latynina, 14 foram conquistadas apenas por ela, o que a deixa à frente do recordista geral de medalhas, o nadador Michael Phelps.
Foi justamente por causa de Phelps que o nome de Latynina voltou aos holofotes, depois de ficar ofuscada pela geração posterior à sua, marcada por grandes nomes como a russa Nellie Kim e romena Nadia Comaneci – a primeira atleta a conseguiu nota 10. Em Londres'2012, sob o olhar atento de Latynina na plateia, Phelps chegou a 22 medalhas, se isolando como o maior vencedor de todos os tempos. Destas, no entanto, nove foram no revezamento, o que o deixa com 13 pódios individuais, um a menos que Latynina. O recorde deve ser quebrado no Rio'2016.
Nascida em Kherson, na Ucrânia, Latynina perdeu o pai na Segunda Guerra Mundial. Ao contrário de outras grandes atletas, talentos precoces, Latynina estreou em competições internacionais apenas aos 19 anos, em 1954. Dois anos depois, em Melbourne'1956 começou sua incrível jornada de pódios olímpicos: foram seis na Austrália (quatro ouros, uma prata e um bronze), seis em Roma'1960 (três ouros, duas pratas e um bronze) e outras seis em Tóquio'1964 (dois ouros, duas pratas e dois bronzes). Além das 18 medalhas olímpicas, conquistou mais 14 pódios em Mundiais.
Latynina se aposentou em 1966, aos 29 anos, e continuou se dedicando à ginástica. Ajudou a organizar e promover os Jogos de Moscou'1980. Naturalizada russa, Larisa vive em Moscou.
O anunciante aqui presente não possui relação com os Jogos Rio 2016 e é patrocinador exclusivo da cobertura editorial dos Diários Associados MG para o evento.