O jovem de 22 anos, bigode e cabelos compridos chegou aos Jogos Olímpicos de Munique'1972 com um objetivo pessoal. decepcionado com sua campanha na Cidade do México'1968, quando obteve “apenas” dois ouros, Mark Spitz desembarcou na Alemanha com o desafio de se tornar o atleta com maior número de medalhas em uma mesma edição.
Spitz foi ainda mais longe: só não apenas subiu no pódio como ocupou o lugar mais alto nas sete provas que disputou. E mais: as vitórias nos 100m e 200m livre, 100m e 200m borboleta e os revezamentos 4x100m e 4x200m livre e 4x100m medley foram todas com recordes mundiais – alguns deles, aliás, demoraram décadas para serem batidos.
Nascido em Modesto, na Califórnia, começou a nadar aos seis anos, na praia de Waikiki, no Havaí, para onde se mudou com a família. Aos 10 anos, já colecionava recordes nacionais em sua categoria. Aos 17 anos, brilhou no Pan de Winnipeg'1967, com cinco ouros, o que gerou grande expectativa para os Jogos Olímpicos do ano seguinte. Conquistou dois ouros, uma prata e um bronze e passou os quatro anos seguintes se preparando intensamente para Munique, vencendo todas as competições nacionais que disputou.
As sete medalhas de ouro em Munique foram ofuscadas pelo atentados terroristas palestinos que custaram a vida de 11 atletas israelenses. Como tinha origem judaica, Spitz foi retirado às pressas do país por segurança. O recorde de ouros de Spitz em Pan foi quebrado por Thiago Pereira, dono de seis medalhas no Rio'2007. O número de ouros olímpicos foi superado por Michael Phelps, em Pequim'2008.
Spitz se aposentou logo depois dos Jogos de Munique e passou a se dedicar ao mercado imobiliário, com enorme sucesso. Tentou voltar em 1992, mas não obteve índice para Barcelona. Hoje, é empresário.
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