Trânsito ruim, desinformação e vistoria atrasam entrada do público no Mineirão em jogo da Seleção

Todos os ingressos para a partida entre Brasil e Austrália, pelas quartas de final do torneio feminino dos Jogos Olímpicos do Rio, foram esgotados na venda antecipada. No entanto, quando a árbitra canadense Carol Anne Chenard apitou o início do jogo, boa parte das arquibancadas estava vazia. Do lado de fora, longas filas de torcedores se formaram na esplanada.

Uma soma de fatores explica o transtorno, a começar pelo trânsito caótico no Centro de Belo Horizonte a algumas horas do início da partida. O torcedor que optou pelo transporte público, por exemplo, lotou as estações do Move, mas a saída dos ônibus ficou lenta.

Já na Pampulha, no início da noite, a Polícia Militar realizou uma revista rigorosa nos acessos ao estádio, em vias do entorno. Com o passar do tempo, o número de torcedores aumentou muito na região e o efetivo acabou sendo insuficiente para realizar esse trabalho. Embora o comando da PM não tenha admitido, foi preciso reforçar a região com mais policiais. A cerca de uma hora do início da partida, a revista se tornou menos criteriosa, justamente para acelerar a entrada de torcedores no estádio.


Já no acesso à esplanada do Mineirão, torcedores se queixaram da desinformação dos voluntários quanto aos portões prioritários e destinados a crianças. Um público pouco acostumado a frequentar o estádio teve dificuldade para achar os setores descritos nos ingressos.

Houve ainda que deixou os bares da região mais tarde, o que só fez aumentar a confusão nas catracas de entrada do estádio. Tudo isso porque, nos arredores, a lata de cerveja era vendida a R$ 5, enquanto no interior do Mineirão o preço sobe para R$ 12.

Com 20 minutos de jogo e muita gente do lado de fora, a segurança privada do Mineirão cedeu à pressão do público e abriu alguns portões, dando vazão à entrada de centenas de pessoas.

Vídeos de Fred Bottrel e Marcelo Faria