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Candidato ao ouro no tiro, britânico mostra ansiedade pelo início dos Jogos do Rio

Ed Ling realizou preparação final no Clube Mineiro dos Caçadores, em Santa Luzia

postado em 31/07/2016 12:26 / atualizado em 31/07/2016 12:44

Paulo Filgueiras/EM/D.A Press

Cinquenta mil tiros por ano! Em punho, uma espingarda calibre 12 de 3,8 quilos, cartuchos com 24g de chumbo, e, na mira, um prato de 11cm de diâmetro, que recebe o tiro à velocidade média de 90km/h. A missão: espatifá-lo. Essa é a rotina de alto rendimento de um atleta olímpico. O britânico Edward Ling, Ed Ling, de 33 anos, de Somerset, cidade a 250 quilômetros de Londres, começou a praticar tiro esportivo bem cedo, influenciado pela família. E hoje é um dos candidatos à medalha olímpica nos Jogos do Rio de Janeiro. Seu esporte não lota arquibancadas pelo Brasil, mas os amantes e praticantes da modalidade vibram com a maestria dos grandes atletas em ação. Em tempos de Olimpíada, então, nada como voltar o olhar para conhecer e descobrir o quanto é sensacional o tiro ao prato fossa olímpica, prova que Ed vai disputar no Rio de 6 a 8 de agosto.

Nesse sábado, com exclusividade, ele conversou com o Estado de Minas, antes de treinar no Clube Mineiro dos Caçadores, em Santa Luzia, local que escolheu para acertar os últimos detalhes antes de chegar a Deodoro, local da competição. “Fui influenciado pela minha família. Comecei com 12, 13 anos na nossa fazenda. E me apaixonei.”

Ed Ling está animado com a possibilidade de medalha no Rio, já que vem de uma ótima temporada. Na carreira, carrega no currículo os títulos de campeão mundial e europeu júnior e, em 2014, foi vice-campeão mundial sênior, em Granada, na Espanha. No qualifier acertou 124 dos 125 pratos (a disputa da modalidade tiro ao prato fossa olímpica ocorre em cinco séries de 25 pratos). Em Atenas, 2004, ficou com a 25ª posição e, em Londres, 2012, com a 21ª. No Brasil, sonha alto, porque diz estar seguro com a preparação.

O britânico contou por que escolheu o Clube Mineiro dos Caçadores para treinar. “O lugar é fantástico, com ótima estrutura. O ambiente e o clima são parecidos com os da competição.” E pesou o fato de ele conhecer o local, já que esteve com a equipe britânica treinando no clube no pré-olímpico, em abril desse ano. “Gostei da recepção.”

Alvo

Quanto aos jogos no Brasil, Ed está animado: “É um ótimo país, lindo. As pessoas são amáveis e hospitaleiras. E o clima é melhor do que o da minha casa”, brinca. “Excelente para a visibilidade do alvo.” Ele, que esteve em evento teste em Deodoro, aprovou o local da prova. “Está tudo certo e, na realidade, todos os lugares de competição são parecidos. O que importa é acertar o alvo.”

Ed Ling fica em BH até terça-feira (ele está acompanhado do técnico e de um psicólogo), quando segue para o Rio, e o Clube Mineiro dos Caçadores recebe sua colega Elena Allen, que disputará os Jogos Olímpicos na modalidade skeet. “Foram três anos negociando a vinda deles, fizemos um projeto e novos investimentos para recebê-los. Como gostaram da primeira experiência, preferiram treinar aqui e só depois seguirem para o Rio”, revela Victor Arndt Jr., presidente do clube, que foi fundado em 1931.

Tags: rio2016 tiro

O anunciante aqui presente não possui relação com os Jogos Rio 2016 e é patrocinador exclusivo da cobertura editorial dos Diários Associados MG para o evento.