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HISTÓRIAS OLÍMPICAS

Aquela artilheira desconhecida

postado em 12/08/2016 08:45

Leandro Couri/EM/D.A Press
Era o ano de 2003. Recebo como pauta cobrir um jogo feminino de futsal válido pelo Campeonato Metropolitano de Belo Horizonte. Vão jogar Cruzeiro e Asdec-Contagem. Naqueles anos, no Brasil se difundia a participação das mulheres nos gramados, mas não nas quadras.

O segmento existia em poucos clubes na capital. Além dos dois envolvidos, outras duas agremiações da competição de futsal: a AABB e o Clube Recreativo Mineiro.

Começa a partida e uma jogadora habilidosa, canhota, de dribles curtos e fáceis, chama a atenção. Ela mostra sua condição de artilheira. Marca um, dois, três... 10 gols. A partida termina em 14 a 1 para a Asdec.

Vou entrevistar a artilheira. Quem seria aquela mulher? Ela me conta que trabalhava como doméstica em Contagem e que gostava também do futebol de campo, jogando aos domingos pelo Frigoarnaldo. Revela que estava para se transferir para o Santa Cruz, que lhe oferecera uma compensação financeira que ajudaria a melhorar a sua vida. Era ninguém menos que Marta, que naquela noite se tornou a maior artilheira do futsal mundial num só jogo. Nunca outra jogadora fez 10 gols numa só partida.
O anunciante aqui presente não possui relação com os Jogos Rio 2016 e é patrocinador exclusivo da cobertura editorial dos Diários Associados MG para o evento.