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ESPECIAL MINEIRÃO

Erros corrigidos e saldo positivo

Contratempos iniciais, troca de parceiro, adaptações à cultura local e harmonização de interesses foram obstáculos vencidos em 2013 para chegar pronto à Copa do Mundo

Estado de Minas -

Publicação:

21/12/2013 08:10

 

Atualização:

21/12/2013 09:00

"É um novo Mineirão e foi novo para todo mundo. Novo para o torcedor, para nós (Minas Arena), novo para a imprensa e novo para Belo Horizonte e Minas Gerais"

Após um início com muitas falhas e críticas pesadas, o Minas Arena, consórcio responsável pelo Mineirão e que administra o estádio, avalia que o primeiro ano de operação foi positivo. "Fizemos bom número de jogos, muitos shows e fomos sempre corrigindo os erros. Outros foram chegando e nós fomos atuando também. Sempre tentamos não deixar o erro acontecer novamente e ser cumulativo", afirma o gerente de operações do Minas Arena, Severiano Braga.

Em entrevista ao Estado de Minas, ele acredita que um dos principais desafios do novo Mineirão foi cultural. "Muitos já chegavam com aquele negócio: ‘O antigo era melhor’. As pessoas estavam bloqueadas e ficavam procurando algo para dar bomba no Mineirão novo. Poucas pessoas no início chegaram com o coração aberto para ver a novidade", avalia Braga.

Para o segundo ano de operação, uma das novidades deve ser um pacote oferecido pelo Minas Arena para vender os melhores lugares do estádio, que quase sempre ficam vazios devido ao elevado preço. Braga afirma que estão em estudos alguns pacotes para os jogos do Cruzeiro, o que pode reduzir o valor do ingresso.

Outra novidade é que não haverá shows no gramado do estádio antes dos jogos da Copa do Mundo. "Não vai ter, pois a Fifa fez a solicitação – não impôs –, para que o gramado seja preservado, que só tenha jogos. Para não fazer feio no nosso gramado, que é o melhor do Brasil, vamos seguir essa solicitação. Até a Copa do Mundo só terá futebol, mas na esplanada estamos estudando shows, pois a logística é tranquila", informa o gerente de operações do Minas Arena.

Qual é a análise do Minas Arena no primeiro ano de operação do Estádio?


O balanço de operação do Mineirão foi bom. É um novo Mineirão e foi novo para todo mundo. Novo para o torcedor, para nós (Minas Arena), novo para a imprensa e novo para Belo Horizonte e Minas Gerais. Existem torcedores que vieram pela primeira vez aos jogos do Cruzeiro contra o Grêmio e contra o Bahia. Muitos pensaram que o primeiro semestre seria de reconhecer o Mineirão e, no segundo semestre as pessoas iriam desistir. Não foi assim.

Um problema recorrente foram os ingressos do Minas Arena, que, por serem mais caros, não foram vendidos e deixaram a parte central do estádio vazia, causando péssima impressão, principalmente para quem assiste aos jogos pela televisão. Há como resolver esse problema?

Estamos pensando. Falamos sempre em melhoria contínua. Estamos sempre pensando em coisas novas. O Cruzeiro tem 54 mil ingressos e a gente (Minas Arena) tem pouco mais de 7 mil ingressos. O ingresso do Cruzeiro é mais barato do que o do Minas Arena e, por contrato, não podemos competir com o clube. Sempre vende-se o mais barato para depois vender o do Minas Arena, que é mais caro. Sempre que você vai a um cinema, teatro ou show procura o mais barato, e se não é uma posição, boa vai escolhendo até gostar. O local da Minas Arena é o mais próximo ao campo e tem cadeira melhor, pois é estofada. Estamos pensando em fazer um pacote para temporada. Alguns pensamentos são: todos os jogos do Cruzeiro ou só os do Campeonato Brasileiro ou só os da Libertadores. Pode ser um combo também.

Nos primeiros jogos, houve muitos problemas e muitas críticas…

Esse é um engano muito comum, pois o estacionamento antigo tinha 3 mil vagas e hoje há 2,9 mil. No antigo Mineirão, a pessoa parava o carro e tinha o pedestre andando com você. Não podia parar direito, tinha uma pessoa passando, pagava pelo estacionamento e para o flanelinha. Quantas vezes chegamos ao Mineirão cedo e fomos o último a sair, pois havia fila dupla, tripla, quádrupla? O saudosismo sempre fica. O Mineirão antigo era melhor, muitos dizem. Mas por que era melhor? Hoje há um estádio padrão Copa do Mundo. Tem tranquilidade e uma esplanada para poder chegar. O saudosismo de um Mineirão lotado existe, mas tudo tem uma evolução. Hoje, todos ficam sentados, confortáveis e assistindo ao jogo. Hoje, muita gente leva nosso tropeiro para casa.

Mas o tropeiro teve que mudar muito para chegar ao ponto atual. O que aconteceu?

Quando começou a operação do estádio, nós tínhamos um fornecedor que começou a trazer o modelo europeu, o modelo de fora. Muita gente diz que é melhor lá fora. Mas lá é uma coisa, e aqui é outra. Nós somos brasileiros e temos paixão pelo futebol . Lá, eles têm outra visão do futebol. Esse fornecedor trouxe uma visão diferente, que já está consagrada lá. Vimos, nos primeiros jogos, que não ia dar certo e trocamos de fornecedor. O novo fornecedor tinha que fazer adaptações e tínhamos que ajudá-lo. Então, gradativamente, fomos recebendo as críticas e tentando resolver os problemas. É lógico que não é possível resolver de imediato. Mas a gente foi notando melhorias, até pelo próprio torcedor. Muitos já chegavam com aquele negócio: ‘O antigo era melhor’. As pessoas estavam bloqueadas e ficavam procurando em algo para dar bomba no Mineirão novo. Poucas pessoas, no início, chegaram com o coração aberto para ver a novidade.

Ficou mais caro ir ao Mineirão. Quem ganha um salário mínimo não pode ir ao estádio mais?

O público mudou, até porque tudo mudou. O ano inteiro, aqui no estádio, nós vimos muitas famílias. No passado, antes de o Mineirão fechar, tinha mais homens no estádio. E não era um programa salutar. Ficávamos preocupados com arrastão, com quebra-quebra de ônibus, sempre houve brigas. O Mineirão, neste ano, sempre foi frequentado por famílias. Nós vemos nas redes sociais e em páginas de jornais as fotos de famílias. Virou um programa agradável. Mas com o estádio novo você coloca o ingresso mais caro e limita as pessoas. Então, infelizmente, esse aumento do valor do ingresso faz com que algumas pessoas deixem de vir.

Com o calendário do futebol apertado no primeiro semestre, sobraram datas para shows?


Na esplanada, a logística para shows é fácil. Para o primeiro semestre estamos tentando fechar alguns. Para o campo, não, pois a Fifa solicitou que o gramado seja preservado.

Saiba mais
Minas Arena


O Minas Arena é uma sociedade de propósito específico (SPE) que foi responsável pela execução das obras de reforma do Mineirão, por meio de contrato de parceria público-privada (PPP) firmado com o governo mineiro. Constituído pelas construtoras Construcap, Egesa e HAP Engenharia, o consórcio tem o direito de explorar a comercialização do complexo e estruturas coligadas por 25 anos, sendo obrigadao a cumprir metas de qualidade operacional e de gestão.

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