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NOVO MINEIRÃO

Belo na teoria, incompleto na prática

Principais inovações do projeto de reforma do novo Mineirão, restaurante panorâmico, passarela e usina de geração de energia solar ainda não mostraram a que vieram

Publicação:

29/09/2013 09:25

Espaço destinado ao restaurante panorâmico ainda não encontrou um inquilino permanente  ((Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 6/12/2012)	)
Espaço destinado ao restaurante panorâmico ainda não encontrou um inquilino permanente

Segundo estádio da Copa do Mundo’2014 a ser concluído, em dezembro do ano passado – atrás apenas do Castelão, em Fortaleza –, o novo Mineirão tem sido determinante para o fortalecimento dos clubes mineiros na atual temporada. Jogando no Gigante da Pampulha, o Atlético conquistou a Copa Libertadores diante do Olimpia, em 24 de julho, ao passo em que o Cruzeiro, líder da tabela do Brasileirão e parceiro do Consórcio Minas Arena até 2037, caminha rumo ao tricampeonato. Os quase três anos de fechamento para obras e os sete primeiros meses de jogos, contudo, ainda não foram suficientes para que o estádio funcionasse conforme previa o projeto executivo de modernização.

Enquanto a torcida registra sucessivos recordes de público desde o clássico reinaugural Cruzeiro 2 x 1 Atlético, o restaurante panorâmico, a passarela de ligação com o Ginásio Jornalista Felipe Drummond (o Mineirinho), e a usina de geração solar – três das principais inovações da reforma orçada em R$ 665 milhões – não alcançaram as propostas de uso originais. As áreas foram concluídas e entregues com as arquibancadas, vestiários e camarotes no término da reforma, em dezembro de 2012, mas por diferentes razões continuam distantes do torcedor na maioria dos jogos e eventos musicais.

O caso mais emblemático envolve o restaurante panorâmico. Previsto como espaço de visão privilegiada do gramado para famílias, que ganhariam assim um incentivo para voltar a frequentar o Mineirão com conforto e segurança, a área com 1.160 m2 afugenta potenciais interessados em alugá-la devido às dificuldades de acesso e o hábito de boa parte da torcida em assistir aos jogos de pé. Para o restaurante ser aberto ao público, inclusive diariamente (como previa o projeto do novo Mineirão), seria necessário montar uma complicada logística de chegada e saída por áreas internas do estádio, além de remover pelo menos três fileiras de assentos das arquibancadas, do lado de fora, para não prejudicar a visibilidade.

Desde o primeiro jogo, o restaurante tem sido alugado ocasionalmente, o que é considerado suficiente pelo Minas Arena. “(O restaurante) é um dos espaços mais procurados para eventos corporativos. Viabilidade nunca foi problema”, diz o Minas Arena em nota, ao afirmar que a área foi utilizada no amistoso Brasil 2 x 2 Chile, em abril, na final da Libertadores e em shows ou na Copa das Confederações, quando o locatário foi um banco. Outras empresas fizeram cotação do espaço para fazer ali as festas de fim de ano, mas os valores de aluguel e potenciais interessados no restaurante panorâmico não foram informados pelo Minas Arena.

Apresentada como mirante para o conjunto arquitetônico de Oscar Niemeyer na Pampulha durante a fase de obras, a passarela de ligação com o Mineirinho só tem sido aberta em jogos específicos, como na final da Libertadores, quando foi usada pela torcida visitante do Olimpia, embora o consórcio sustente que funcione em todos os jogos, conforme “determinação de segurança”. “A passarela é utilizada em todas as partidas como para acesso das caravanas das torcidas organizadas dos times visitantes”, completa a nota.

Maior fluxo Para ser aberta, a chamada via de integração – nome dado pelo governo durante as obras – depende do funcionamento do Mineirinho, localizado na outra ponta. Após a primeira etapa das obras de reforma do ginásio (que compreendia a fachada, a cobertura e o asfaltamento do entorno) ter sido cancelada pelo Departamento de Estado de Obras Públicas (Deop), a previsão é de que o Mineirinho torne-se agora área de apoio logístico, saúde, segurança e vila de hospitalidade no Mundial. Ou seja: somente torcedores específicos poderão utilizá-la nos seis jogos programados para BH. Estão previstas somente obras de terraplanagem no ginásio, nas áreas onde ficava a pista de arco e flecha e a feira de expositores, a partir de outubro, de acordo com a Secretaria de Estado Extraordinário da Copa (Secopa).

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