A empresa portuguesa Lusoarenas foi contratada pelo consórcio Minas Arena, responsável pelo Mineirão nos próximos 25 anos, para ajudar na gestão do estádio, em parceria com a norte-americana Global Spectrum. Em entrevista ao Superesportes, Marco Antônio Herling, presidente da Lusoarenas, falou sobre a exploração do Gigante da Pampulha como centro de negócios e entretenimento.

Marco Antônio destaca que o futebol é a grande vocação do Mineirão. Mas o empresário traça metas para fazer do estádio um espaço de interesse para os dias nos quais não houver jogos. “A arena na Europa não é um local para assistir ao jogo. É um local de entretenimento de um dia todo e é essa cultura que queremos desenvolver no Brasil”.

No currículo da Lusoarenas consta o Sport Lisboa e Benfica, com o Estádio da Luz. No Brasil, sete arenas são parcerias da empresa.

Confira a entrevista abaixo:

Superesportes: Existe alguma diferença, por fatores diversos, como culturais da população, entre gerir um estádio no Brasil e na Europa?
Marco Antônio Herling: Na Europa, os estádios modernizados levaram de volta a família e se tornaram um instrumento de relacionamento das empresas com seus clientes. As arenas oferecem conforto e segurança de modo que o torcedor se sente convidado a passar o dia, a chegar mais cedo e sair muito depois que o evento termina.

Superesportes: Nos dias sem jogo, quais atrativos um estádio pode dar para o torcedor e turista nos dias de hoje?
Marco Antônio: O Mineirão poderá ser usado para eventos de outras modalidades esportivas, culturais e de entretenimento em geral. É um espaço onde as empresas poderão divulgar seus produtos, realizar reuniões e convenções. Esse público corporativo nos interessa muito. Mas, sempre vale ressaltar que a verdadeira vocação é realizar muitos jogos de futebol no novo estádio.

Superesportes: O plano de gestão do Mineirão tem metas diferentes traçadas para até a Copa do Mundo e depois da Copa do Mundo?
Marco Antônio: Temos um plano de gestão que inclui a Copa das Confederações em 2013 e a Copa de 2014. Fora esses dois eventos, nossa intenção é que o Mineirão continue sendo o grande palco do futebol dos mineiros e como haverá a esplanada no entorno, que o estádio também seja um espaço de entretenimento resgatando a grande vocação da Pampulha, como região de lazer e turismo.

Superesportes: Existe o interesse de tentar negociar os naming rights do Mineirão? Isso é possível em um estádio com nome já consolidado?
Marco Antônio: Não está em avaliação no momento.

Leia também:

-  Museu Brasileiro do Futebol será uma das atrações do novo Mineirão