Logo no jogo inaugural – Seleção Mineira 1 x 0 River Plate –, destaque para a jovem dupla de cruzeirenses Dirceu Lopes e Tostão e para o americano Jair Bala. O trio representa a primeira geração de ouro do Gigante da Pampulha. Hoje comentarista do Alterosa Esporte, Jair é uma das bandeiras da história americana. Ele foi o nome do título mineiro invicto de 1971, conquistando ainda a artilharia, com 14 gols.
O primeiro grande time da era Mineirão foi o Cruzeiro, campeão da Taça Brasil de 1966 – oficializada como Campeonato Brasileiro pela CBF em 2010. Do esquadrão celeste que goleou o Santos de Pelé por 6 a 2 na decisão e encantou o Brasil, sete passaram pela Seleção: Raul, Procópio, Piazza, Dirceu Lopes, Tostão, Natal e Evaldo. Essa equipe ainda conquistou o pentacampeonato mineiro, de 1965 a 1969.
Quase uma década depois, outra grande geração celeste, com alguns remanescentes dos anos 1960, emergiu. Em três anos, o Cruzeiro foi duas vezes vice-campeão brasileiro (1974 e 1975) e campeão da Copa Libertadores (1976). Comandado por Zezé Moreira, o time conquistou a América ao bater o River Plate por 3 a 2, no Estádio Nacional, em Santiago. Impossível não se lembrar de joias do quilate de Nelinho, Zé Carlos, Palhinha, Jairzinho e Joãozinho.
Os anos 1970 também foram importantes para a história do Atlético, campeão brasileiro em 1971. O grande destaque daquele time foi Dario, artilheiro da competição com 15 gols. Vale ressaltar a presença do maestro Telê Santana no túnel alvinegro. O Galo também brilhou na década de 1980 – marcada pela rivalidade nacional com o Flamengo, alimentada por grandes confrontos no Brasileiro e na Libertadores. Mineiros e cariocas, juntamente com o São Paulo, formavam a base da Seleção Brasileira que deslumbrou o mundo na Copa de 1982. Do lado alvinegro, nomes como João Leite, Luizinho, Cerezo, Éder, Palhinha e Reinaldo, o maior artilheiro do Mineirão, com 152 gols.
Nos anos 1990, ressurgiu a soberania celeste, com conquistas de duas Supercopas, duas Copas do Brasil, uma Libertadores, uma Recopa Sul-Americana, uma Copa Ouro e uma Master. Nesse período, o Cruzeiro, sem dinheiro e com a criatividade dos dirigentes, conseguiu montar times competitivos. Dessa época, integram a lista Ricardinho, Ronaldo, Renato Gaúcho e Dida. Depois de um hiato, em 2003, a Raposa voltou com força total e conquistou a tríplice coroa, sob a batuta de Alex. Não se pode esquecer também o recente bicampeonato brasileiro (2013 e 2014), com Fábio e Éverton Ribeiro.
E, por fim, nos últimos anos o Atlético viveu seu momento mais glorioso no Mineirão. Em 2013, conquistou a Libertadores. No ano seguinte, a Copa do Brasil e a Recopa Sul-Americana. Nessas campanhas, os nomes marcantes foram os de Ronaldinho Gaúcho, Bernard, Jô, Tardelli e Victor.
