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CRUZEIRO 100 ANOS

Cruzeiro 100 anos: relembre atletas na Seleção e em Copas do Mundo

Cinco jogadores da Raposa conquistaram títulos mundiais

Thiago Madureira

Jogadores do Cruzeiro em Copas do Mundo

Arrascaeta - O ex-camisa 10 do Cruzeiro vestiu o mesmo número na Seleção Uruguaia na Copa do Mundo de 2018. Ele disputou dois jogos: foi titular na estreia, na vitória por 1 a 0 sobre o Egito, e entrou no segundo tempo no triunfo por 3 a 0 sobre a Rússia. Foi vendido ao Flamengo em 2019. - MOBILE PUSH ALERTS/DOWN
Gilberto - O lateral/meia teve duas passagens pelo Cruzeiro, uma entre 1998 e 1999, outra entre 2009 e 2011. Nesta segunda, ele foi tão bem que acabou lembrado pelo técnico Dunga para a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. Era reserva de Michel Bastos na lateral esquerda. Depois de se aposentar, Gilberto continuou trabalhando no futebol. Foi coordenador técnico do América-RJ em 2017. - AFP/ Fabrice Coffrini
Sorín - O argentino foi comprado pelo Cruzeiro em janeiro de 2000 em uma das transações mais caras do futebol brasileiro na época: US$ 5,08 milhões. O investimento foi produtivo, já que o lateral se tornou ídolo do Cruzeiro. Jogou a Copa do Mundo de 2002 sendo atleta da Raposa. A equipe de Bielsa, que chegou como uma das favoritas ao título, caiu na primeira fase. Sorín também jogou o Mundial de 2006. Ao se aposentar, virou comentarista esportivo. - Katsumi/ Kasahara
Edílson - Jogou no Cruzeiro por pouco tempo, mas foi o suficiente para ser chamado para a Copa do Mundo de 2002. Ele era reserva da Seleção Brasileira, que tinha no ataque Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo. Depois de abandonar os gramados, chegou a abrir uma empresa de produções artísticas em Salvador e hoje trabalha como comentarista na Band. Já foi preso por não pagar pensão alimentícia. - AFP/Elise Amendola
Dida - É um dos maiores goleiros da história do Cruzeiro. Fez defesas impensáveis e foi um dos grandes nomes nas conquistas da Copa do Brasil de 1996 e da Copa Libertadores de 1997. Por causa do grande momento, foi lembrado na Copa do Mundo de 1998. Era terceiro goleiro, ficando às sombras do titular Taffarel e do primeiro suplente Carlos Germano. Depois do Mundial, deixou o Cruzeiro. Atuou em outros dois Mundiais (2002 e 2006). Aposentado, Dida fez curso de técnico na CBF. Ele começou a carreira sendo auxiliar de Seedorf na China, em 2016. - AFP/ Patrick Gardin
Ronaldo - Ronaldinho, como era chamado no passado, surgiu como um furacão no Cruzeiro. Com a camisa estrelada, ele marcou 56 gols em apenas 58 partidas, colecionando recordes e marcando seu nome na história do clube. Por causa do início arrasador, ganhou uma vaga na Copa do Mundo de 1994. Não entrou em campo, mas também foi campeão. Hoje, ele é empresário. - Reprodução/ Twitter Champions League
Nelinho - O lateral-direito escreveu uma bonita história no Cruzeiro, com 411 jogos e 104 gols. Com a camisa da Seleção Brasilera disputou duas Copas do Mundo, em 1974, na Alemanha, e em 1978, na Argentina. Foi dele um dos gols mais bonitos de todos os mundiais: em partida da disputa do terceiro lugar contra a Itália, ele acertou um chute de trivela, a bola fez uma curva impressionante e entrou. O Brasil venceu por 2 a 1. Depois que abandonou os gramados, Nelinho foi comentarista. Hoje, administra uma academia em Belo Horizonte. - Arquivo / Estado de Minas
Perfumo - Roberto Perfumo vestiu quatro camisas na vida: Racing, Cruzeiro, River Plate e Seleção Argentina. Disputou as Copas do Mundo de 1966 e 1974. É considerado um dos melhores zagueiros da história do futebol argentino. O Marechal, como era apelidado, morreu em 2016, após cair de uma escada de um restaurante e sofrer um traumatismo craniano. - Arquivo
Fontana - O zagueiro capixaba Fontana chegou ao Cruzeiro no fim dos anos 1960 vindo do Vasco. Ele foi convocado por Zagallo e foi reserva da Seleção Brasileira na conquista da Copa do Mundo. O titular era o seu companheiro de time Piazza. Ele morreu aos 39 anos durante uma pelada na sua terra, no Espírito Santo, vítima de um ataque cardíaco. - Arquivo / Estado de Minas
Piazza - Mineiro de Ribeirão das Neves, o ex-volante é o quarto jogador com maior número de jogos com a camisa celeste, com 566 jogos. Foram 15 anos dedicados ao clube. Pela Seleção, fez parte do time que encantou o mundo em 1970. Era titular do time de Zagallo. Também disputou a Copa de 1974. Atualmente, Piazza é presidente da Associação de Garantia ao Atleta Profissional (AGAP). - Arquivo / Estado de Minas
Tostão - Maior artilheiro da história do Cruzeiro, com 245 gols em 383 jogos, o atacante Tostão disputou duas Copas do Mundo (1966 e 1970). O ápice da carreira dele ocorreu no Mundial do México, quando a maior seleção de todos os tempos conquistou o tricampeonato vencendo todas as partidas. Tostão era titular e formava o setor ofensivo ao lado de Jairzinho, Pelé e Rivelino. O craque se aposentou precocemente por causa de um problema na retina. Fora dos gramados, voltou a estudar e fez medicina. Foi professor e hoje é um dos cronistas esportivos mais reconhecidos do mundo. - Arquivo / Estado de Minas
Cruzeiro é um clube multicultural desde os primórdios, quando foi fundado por italianos e passou a aceitar brasileiros e atletas de outras origens. Ao longo de 100 anos, a Raposa enviou 11 'representantes' de três nacionalidades distintas para oito Copas do Mundo: 1966, 1970, 1974, 1994, 1998, 2002, 2010 e 2018.



Além dos atletas nascidos no Brasil (Tostão, Piazza, Fontana, Nelinho, Ronaldo, Dida, Edílson e Gilberto), dois argentinos (Roberto Perfumo e Juan Pablo Sorín) e um uruguaio (Giorgian De Arrascaeta) foram convocados para Mundiais enquanto vestiam a camisa estrelada.  

Cinco jogadores do Cruzeiro conquistaram a Copa do Mundo: Fontana, Piazza e Tostão foram tricampeões mundiais em 1970; Ronaldo foi tetra em 1994 e Edilson trouxe o penta em 2002.

Cruzeirenses na Seleção

De acordo com a RSSSF Brasil, o Cruzeiro já cedeu 57 jogadores para partidas oficiais da Seleção Brasileira. Ao todo, foram 416 convocações com atletas da Raposa.

Piazza foi o jogador celeste que mais participou de partidas com a Seleção Brasileira. Foram 66 jogos com a amarelinha - 45 vitórias, 15 empates e 6 derrotas. Nas duas Copas que disputou (1970 e 1974), foram nove partidas, sendo sete vitórias.



O último atleta celeste convocado para a Seleção Brasileira foi o zagueiro Dedé, chamado em 2018. Em agosto daquele ano, Tite convocou 24 jogadores para os amistosos contra Estados Unidos e El Salvador, ambos em solo norte-americano. O defensor tinha voltado de graves lesões. "O Dedé arrebentou nos dois jogos que nós acompanhamos e foi coerentemente convocado", disse Tite.

Estrangeiros

Sorín participou da Copa de 2002 sendo atleta do Cruzeiro - Foto: Katsumi / Kasahara
Neste ano, o atacante Marcelo Moreno já foi convocado para a Seleção Boliviana. Em três jogos pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, o centroavante marcou três gols.

Desde os anos 2000, vários atletas sul-americanos que passaram pelo Cruzeiro foram chamados por suas seleções nacionais: Arrascaeta, Sorín, Montillo, Lucas Romero (Olimpíada), Maldonado, Victorino, Aristizábal, Espinoza, Orejuela, Ortigoza, Guerrón, Samudio, Mena e Caicedo.