Coelhão agita as partidas do América

Desde 1943, o América também é conhecido por Coelho. O mascote que representa o clube nasceu das mãos do cartunista Fernando Pierucetti, o Mangabeira. Uma curiosidade é que antes de ser marcado pelo animal que representa a Páscoa, o Alviverde tinha um pato como apelido. A alcunha era uma alusão ao personagem do Walt Disney, Pato Donald, que se envolvia em polêmicas por questionar tudo. O América havia recorrido aos tribunais em alguns jogos, como no Mineiro de 1929, contra o Cruzeiro, pedindo a anulação do duelo, e por isso recebeu o apelido de uma 'figura encrenqueira'.

Mangabeira desenvolveu o mascote verde em um projeto encomendado pelo jornal ‘Folha de Minas’. O cartunista, que faleceu em 2004, sempre justificou a esperteza como motivo para escolher o símbolo americano. “O coelho é um bicho que dorme de olho aberto, assim como o time do América dentro de campo e alguns dirigentes que o clube tinha e que mudaram a história da equipe”, disse à época.

Mas não foi apenas o Coelho que recebeu um símbolo criado por Pierucetti. Na mente do cartunista, o Atlético virou Galo, o Cruzeiro uma Raposa, o Villa Nova um Leão, os extintos Sete de Setembro (Tigre), o Metalusina (Tucano) e o Siderúrgica (Tartaruga). Depois, outras equipes do estado também foram contempladas pela imaginação de Mangabeira.