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BOLADAS E BOTINADAS

O Atlético precisa entender que seu atual elenco não é tão bom quanto muita gente fala

Uma coisa é ter bons valores. Mas em alguns momentos, o treinador não tem opções

postado em 12/07/2016 12:00 / atualizado em 12/07/2016 09:38

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Um dos problemas do Atlético é que o elenco não é tão bom quanto muita gente fala. Uma coisa é contar com bons valores individuais. Isso o Atlético tem, não há porque duvidar. Mas em determinados momentos, o treinador não tem opções. Por exemplo, quando o Cazares (foto) fica de fora de um jogo, não tem substituto. Então, o setor depende da sua presença. Do contrário, sofre um baque. Dátolo seria o jogador a ocupar a posição, mas segue às voltas com uma contusão que parece voltar a cada partida que ele consegue entrar em campo.

Mais interessante é que mesmo contundido, o jogador segue nos planos do Fluminense. E eu fico aqui pensando: que time investiria na contratação de um jogador que tão pouco tem atuado?

A ausência do Leandro Donizete é outro drama. O setor perde a força de marcação. Joga simples, mas não tem um reserva que faça o seu papel.

Sempre volto no tempo e digo que o Atlético tinha problemas em sua defesa, estava muito mal, mesmo contando com Rever e Leonardo Silva. Naquela época, o Cuca sentiu o drama, mandou buscar o Pierre no Palmeiras, trouxe Josué, e, sempre que o time contava com um deles ao lado do Donizete à frente da zaga, o time não ficava tão vulnerável. A dupla de zaga cresceu, jogou muito. Mas o treinador tinha as opções.

Ninguém pode ser bobo ao ponto de pensar que o Atlético contratou o Fred para fazer dupla com o Lucas Pratto. Nada disso, o argentino certamente será negociado. É questão de tempo. Aliás, pouco tempo, afinal a tal janela se fecha logo.

Já tem torcedor preocupado com a situação do Cazares. É que na época do Aguirre, o jogador era reserva. Diziam que ele não se cuidava. Com a nova contusão de última hora, a turma fica novamente preocupada.

E segue o América fazendo a papel de saco de pancadas. Desta vez perdeu para um time misto do São Paulo. Interessante que o time do Coelhão está jogando um futebol abaixo do que jogou na série B. Não tem garra, não tem força de reação e parece uma equipe de categoria de base se metendo em um torneio de adultos.

Esse América precisa assumir que não é um time de craques. Precisa entender que, para melhorar sua campanha, para ter uma postura digna, terá que jogar como uma equipe operária, terá que lutar muito mais do que vem fazendo. Terá que se superar. Voltar à série B não seria o fim do mundo, o diabo é cair sem lutar, sem esboçar uma reação. A postura tática será importante. Mas a vontade de vencer não pode ficar no vestiário, precisa entrar em campo.

Chega uma hora em que o treinador precisa abrir espaço para quem se identifica com a camisa do clube, com quem pretende representar toda a tradição do América. O segundo gol do São Paulo foi assustador. O time americano ficou assistindo à passagem do zagueiro, que até se assustou com tanta facilidade, e acabou fazendo o gol. Um vexame. O tal do Lyanco passou como bem entendeu pela defesa.

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