O América é um clube perseguido e azarado com relação às arbitragens. Quando não é prejudicado (a galera diz “roubado”) no apito, como foi nas disputas com Ceará (2 a 2), Cruzeiro (1 a 2) e Santos (2 a 1), dá um azar danado, como deu na participação física do árbitro no lance do primeiro gol palmeirense na partida de quarta-feira. Se a bola não fosse tocada pelo “atacante” Paulo Roberto Alves Junior, a conformação da jogada teria sido outra: não haveria o cruzamento que foi feito; Messias não cortaria a bola que acabou batendo na perna de um adversário; e ela não terminaria no fundo das redes de João Ricardo como terminou. Começamos ali a perder a partida. Puro azar. E muita sorte do lado de lá.
Foi um jogo esquisito esse aí. O América atuou os primeiros 45 minutos com dois volantes, Christian e Juninho, e três atacantes, Luan, Rafael Moura e Ademir, não sofreu gol e foi para o intervalo com um 0 a 0 honroso – levando-se em conta a superioridade de orçamento e do grupo de atletas do Palmeiras em relação à verba e ao elenco americanos. No segundo tempo, depois de levar um gol e trocar um atacante (Ademir, amarelado e suspenso) por um volante (Donizete), a porteira que deveria estar melhor fechada se abriu em falha de Norberto e desandou de vez. Porém, pelo poderio do adversário e de sua necessidade de vitória para se aproximar do título de campeão, a derrota do Coelho para o Porco era indesejada, mas não inesperada.
Agora, diante da tragédia que nos ronda, cabe a dirigentes, a Givanildo Oliveira (foto) e a jogadores se prepararem o melhor que puderem para encarar o Bahia no domingo. Pelas circunstâncias dramáticas que o envolvem, passou a ser o jogo mais importante do ano, pois os três pontos serão fundamentais para que o América afaste por uma semana a corda do pescoço. Se derrotar o Bahia, a partida mais importante do ano passará a ser contra o Fluminense, quando os três pontos poderão ser decisivos para o Coelhão evitar de vez o enforcamento.
Infelizmente, os resultados da rodada foram ruins para o América, mas se o time fizer a parte dele e derrotar Bahia e Fluminense, chegará a 43 pontos e ficará na dependência de resultados negativos de seus adversários mais próximos, candidatíssimos a despencar no abismo e se afundar no inferno da Série B. No caso do América, vá de retro, Satanás! Já para os demais clubes em perigo, por favor, querido Satã, rogo que os leve consigo para as profundezas dos seus domínios. Dar-lhe-ei minha alma se assim o fizer, ó poderoso Demo. Para demonstrar a seriedade do meu acordo com a sua endiabrada pessoa, faço questão de assinar em público o meu nome, entregando em suas mãos a salvação do meu clube do coração: Fausto Vilara.
Psiu! Cá entre nós, torcedores (as), além do compromisso que assumi com o Capeta, vocês poderão fazer sua parte com o outro lado da Força, ficar de joelhos e mãos postas, orar até a mente cansar, pedir a Deus, a santos, santas e orixás que protejam o América e o ajudem a se classificar?