A espetacular e importantíssima vitória do América sobre o Internacional por 3 a 0 coloca o clube de novo em posição de lutar para ficar na Série A e não cair para a Segundona. Givanildo Oliveira, mais uma vez, faz jus ao respeitoso apelido de Givamito. Ele chegou, conversou, recuperou os brios da rapaziada, escalou e venceu. Felizmente, provou ser unha e carne com o milagreiro Padim Ciço e filho dileto do adorado ícone nordestino. Com os dois, o Coelhão está bem orientado e protegido.
Agora, com 37 pontos, na 17ª posição na tabela de classificação, o América disputa com Vitória (36 pontos), Chapecoense (37), Ceará (38), Sport (38), Vasco (39), Corinthians (40) e Fluminense (41) para não cair. Com a vitória de ontem à noite, a coisa melhorou, mas para alcançar seu objetivo o Coelho vai precisar vencer ao menos mais duas das quatro partidas que restam para jogar, contra Santos, Palmeiras, Bahia e Fluminense. Santos e Bahia virão ao Independência, e Palmeiras e Fluminense receberão o América em seus estádios. Missão difícil em casa e fora dela.
Porém, se os jogadores americanos repetirem a dose de empenho e bom futebol que mostraram no Beira-Rio lotado, as vitórias poderão vir e trazer a tão sonhada classificação entre os 16 clubes que vão garantir em 2018 o direito de disputar a Primeirona em 2019. Apesar do pesadelo recorrente de ver a indesejável Série B se aproximar, ao torcedor americano apaixonado cabe também “secar” com força os adversários. Até a promessa de atravessar a Praça Sete correndo, pelado e com a mão no bolso vai contar pontos na calculadora afetiva do “nosso” querido Padre Cícero, de olhos protetores a vigiar e iluminar a carreira profissional de Givanildo Oliveira.
Mas é bom colocar bem colocados os devidos pingos nos is. Caso o América consiga escapar da situação de desastre futebolístico em que ainda se encontra, Marcus Salum não será abençoado pelo Padre Cícero e nem terá um lugarzinho reservado ao lado dele no Céu. Salum nos colocou nesse sufoco desnecessário ao cometer pecados demais: 1) Permitiu a saída de Enderson Moreira no meio do campeonato; 2) Durante a Copa do Mundo, passou o mês todo parado, sem tomar a atitude de contratar um novo treinador para o time que, assim, teria 30 dias para trabalhar com os atletas; foi um mês inteiro perdido, de bobeira; 3) Quando, afinal, decidiu preencher a vaga deixada por Enderson, buscou uma solução caseira e equivocou-se ao escolher Ricardo Drubscky para treinar a equipe, o que resultou em dois jogos e duas derrotas que custaram caro ao time na tabela de classificação; 4) Por fim, resgatou Adilson Batista do limbo em que este estava há três anos, sem trabalhar profissionalmente como treinador durante esse longo tempo. Começou bem, mas acabou dando errado, muito errado.
Assim como fez em 2011, quando o time estava na bacia das almas como agora, Salum contrata Givanildo Oliveira para tentar salvar a lavoura. Lá, não deu. Parece que vai dar certo em 2018. Coeeeeelho!