Jorge Nicola: 'Renovação de Vargas esquenta clima no Atlético'
Lá se vão quatro meses desde o anúncio da renovação do contrato de Eduardo Vargas. Na época, a decisão da diretoria de prolongar o vínculo de dezembro de 2022 para dezembro de 2024 não foi muito bem digerida, mas, após a eliminação na Libertadores, na quarta-feira (10), o tema voltou à tona entre conselheiros e diretores. Com o sentimento de fúria.
"É difícil entender por que o Vargas ganhou mais dois anos de contrato. O que ele fez para merecer?", indaga Lásaro Cândido, conselheiro grande-benemérito do Galo depois de trabalhar por 12 anos no clube e atuar como vice-presidente.
Mas a irritação de Lásaro e outros dirigentes atleticanos não se resume à extensão em 24 meses do vínculo do chileno. A coluna apurou que a tão proclamada redução salarial do atacante foi mínima. "Ele passou de R$ 900 mil por mês para R$ 800 mil. Nada justifica um salário desse até dezembro de 2024", questiona outro conselheiro, pedindo para não ser identificado.
Procurado, o Atlético preferiu não se pronunciar sobre as cifras do novo contrato do chileno, que soma apenas dois gols e quatro assistências nos 29 jogos que disputou na atual temporada.
Caso fique na Cidade do Galo até o fim do contrato, Vargas terá 35 anos de idade. Bastante para alguém que já tem entregado pouco com 32 anos e nove meses.
Vale lembrar que a fúria contra Vargas tem tudo a ver com sua expulsão no último lance do jogo contra o Palmeiras, de forma desnecessária. Ele peitou o árbitro e recebeu cartão vermelho, ficando impedido de participar das cobranças de pênalti. Sobrou para Rubens, que não ganha 10% de seu salário. O garoto revelado na base perdeu sua batida e o Galo acabou eliminado nas quartas de final da Libertadores diante do Palmeiras.