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O jogo foi muito bom em seu primeiro tempo. Nada de retranca de ambos os lados. O Atlético animou sua torcida quando Ricardo Oliveira acertou a trave. O time alvinegro jogava muito bem, tinha vontade, qualidade e determinação. Coisa que faltava na época de Levir Culpi. O Cruzeiro não usava a vantagem do empate e também buscava o gol. Numa belíssima jogada pela esquerda, Dodô cruzou forte e Igor Rabello quase marcou contra. A bola bateu no travessão. Jogo empatado em bolas no poste.
A movimentação das equipes me impressionava, e o árbitro, volta e meia, parava a partida, esperando decisão do VAR. Nada de anormal ocorreu, exceto pelos cartões amarelos para Geuvânio e Edílson. Até nisso o jogo foi igual na etapa inicial.
O gol acabou saindo para o Atlético. Chará, aquele que Levir Culpi insistia em manter no banco, recebeu na esquerda e viu a infiltração de Ricardo Oliveira. O atacante limpou e tocou na saída de Fábio. A bola explodiu no corpo do goleiro e sobrou para Elias, na marca do pênalti, subir e cabecear para o chão. Leo tentou cortar, mas a bola entrou. Galo 1 a 0. O jogo esquentou mais. O árbitro de vídeo foi consultado quando Geuvânio foi agarrado na área. O árbitro de campo queria saber se a bola já saíra da cobrança do escanteio. Porém, a penalidade não foi confirmada e o jogo seguiu. O fim do primeiro tempo decretou o Galo com mais volume de jogo, mais chances e a vitória parcial, que, até aquele momento, lhe dava o título.
Árbitro de vídeo define
O segundo tempo começou no mesmo ritmo. O Galo tinha um trunfo que era a marcação de Zé Welison em Rodriguinho. Com isso, o time azul não criava nada. Fred voltava aos tempos de Seleção Brasileira, em 2014, sem nenhuma chance de gol. Robinho, em cobrança de falta, assustou. Foi o melhor lance nos primeiros minutos da etapa decisiva. O árbitro de campo parecia cego. Todo lance na área, consultava o árbitro de vídeo. A todo o momento, a partida era paralisada. Que coisa! O árbitro de vídeo não pode e não deve ser banalizado assim. Sigam o exemplo da Europa, pelo amor de Deus!
E foi o VAR quem decidiu a partida. Pedro Rocha fez grande jogada pela esquerda, saiu driblando e, na hora de passar por Leonardo Silva, a bola bateu no braço do zagueiro alvinegro. O árbitro de vídeo orientou o árbitro de campo a assistir ao vídeo. Ele foi conferir e confirmou a penalidade. Fred, que nada fez na partida, bateu e empatou: 1 a 1. Achei que o Atlético fez uma grande partida, encarou o Cruzeiro de igual para igual. Não achei o empate justo. O Cruzeiro é o campeão mineiro, continua invicto na temporada, mas, ontem, não fez uma grande partida.
Viram como clássico tem favorito? Ganhou o melhor time, talvez não ontem, mas aquele que tem mais jogadores qualificados. Se o Galo fez a melhor campanha na primeira fase, bastou ao Cruzeiro o jogo no Mineirão para inverter a vantagem, e garantir o empate que lhe deu a taça do Mineiro. Que os torcedores comemorem com tranquilidade e gozação saudável, afinal, como diz o Skank, “É apenas uma partida de futebol”. Parabéns, Cruzeiro. Você tem time e grupo para ganhar tudo neste ano!