O Cruzeiro é campeão mineiro graças ao árbitro de vídeo (VAR). Empatou com o Galo por 1 a 1, gols de Elias e Fred, de pênalti, em lance analisado pelo VAR. Eu disse, nos dois jogos, que o Cruzeiro era o favorito, por ter mais grupo, mais time, mais técnico, mais tudo. Por estar em melhor momento. Porém, na partida de ontem, achei injusto o empate, já que vi mais volume de jogo do Atlético, com as melhores chances de gols. Diria que as entradas de Pedro Rocha e Thiago Neves foram decisivas para que o Cruzeiro empatasse. São jogadores altamente qualificados, que sabem o que fazer com a bola. Já disse que quando o Atlético depende de um jogador como Luan é porque tem algo errado.
Não há como negar que o grupo cruzeirense tem muito mais talento que o alvinegro, e, isso, além do VAR, foi determinante para o resultado. Ainda houve um lance em que Leo cometeu pênalti em Igor Rabello, mas o árbitro não quis consultar o árbitro de vídeo. Por que ele usou um peso e duas medidas? Esse tipo de atitude deixa margem para suspeitas e reclamações. Nem mesmo os 7 minutos de acréscimos, dados pelo árbitro, foram suficientes para o Galo conseguir a vitória. Se o árbitro de vídeo for usado dessa forma, é melhor extingui-lo. Ele não pode e não deve ter camisa. Deve agir com o que vê, de verdade.
O jogo foi muito bom em seu primeiro tempo. Nada de retranca de ambos os lados. O Atlético animou sua torcida quando Ricardo Oliveira acertou a trave. O time alvinegro jogava muito bem, tinha vontade, qualidade e determinação. Coisa que faltava na época de Levir Culpi. O Cruzeiro não usava a vantagem do empate e também buscava o gol. Numa belíssima jogada pela esquerda, Dodô cruzou forte e Igor Rabello quase marcou contra. A bola bateu no travessão. Jogo empatado em bolas no poste.
A movimentação das equipes me impressionava, e o árbitro, volta e meia, parava a partida, esperando decisão do VAR. Nada de anormal ocorreu, exceto pelos cartões amarelos para Geuvânio e Edílson. Até nisso o jogo foi igual na etapa inicial.
O gol acabou saindo para o Atlético. Chará, aquele que Levir Culpi insistia em manter no banco, recebeu na esquerda e viu a infiltração de Ricardo Oliveira. O atacante limpou e tocou na saída de Fábio. A bola explodiu no corpo do goleiro e sobrou para Elias, na marca do pênalti, subir e cabecear para o chão. Leo tentou cortar, mas a bola entrou. Galo 1 a 0. O jogo esquentou mais. O árbitro de vídeo foi consultado quando Geuvânio foi agarrado na área. O árbitro de campo queria saber se a bola já saíra da cobrança do escanteio. Porém, a penalidade não foi confirmada e o jogo seguiu. O fim do primeiro tempo decretou o Galo com mais volume de jogo, mais chances e a vitória parcial, que, até aquele momento, lhe dava o título.
Árbitro de vídeo define
O segundo tempo começou no mesmo ritmo. O Galo tinha um trunfo que era a marcação de Zé Welison em Rodriguinho. Com isso, o time azul não criava nada. Fred voltava aos tempos de Seleção Brasileira, em 2014, sem nenhuma chance de gol. Robinho, em cobrança de falta, assustou. Foi o melhor lance nos primeiros minutos da etapa decisiva. O árbitro de campo parecia cego. Todo lance na área, consultava o árbitro de vídeo. A todo o momento, a partida era paralisada. Que coisa! O árbitro de vídeo não pode e não deve ser banalizado assim. Sigam o exemplo da Europa, pelo amor de Deus!
E foi o VAR quem decidiu a partida. Pedro Rocha fez grande jogada pela esquerda, saiu driblando e, na hora de passar por Leonardo Silva, a bola bateu no braço do zagueiro alvinegro. O árbitro de vídeo orientou o árbitro de campo a assistir ao vídeo. Ele foi conferir e confirmou a penalidade. Fred, que nada fez na partida, bateu e empatou: 1 a 1. Achei que o Atlético fez uma grande partida, encarou o Cruzeiro de igual para igual. Não achei o empate justo. O Cruzeiro é o campeão mineiro, continua invicto na temporada, mas, ontem, não fez uma grande partida.
Viram como clássico tem favorito? Ganhou o melhor time, talvez não ontem, mas aquele que tem mais jogadores qualificados. Se o Galo fez a melhor campanha na primeira fase, bastou ao Cruzeiro o jogo no Mineirão para inverter a vantagem, e garantir o empate que lhe deu a taça do Mineiro. Que os torcedores comemorem com tranquilidade e gozação saudável, afinal, como diz o Skank, “É apenas uma partida de futebol”. Parabéns, Cruzeiro. Você tem time e grupo para ganhar tudo neste ano!
COLUNA DO JAECI
Cruzeiro campeão mineiro. VAR define o título
Não há como negar que o grupo cruzeirense tem muito mais talento que o alvinegro
Jaeci Carvalho /Estado de Minas
postado em 21/04/2019 10:18
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