Nepomuceno vai fechar seus três anos agora em dezembro e desistiu de se candidatar à reeleição. Pesaram a família, pois ele tem dois filhos pequenos e quer estar mais perto deles, e também o fato de querer se dedicar à construção do estádio do Galo, um sonho daquela gente fanática e fantástica. Tenho visto e ouvido muitas críticas a Nepomuceno, algumas delas covardes e sem propósito. Ele é atleticano, um rapaz correto, bem formado, educado, e que fez o melhor que pôde. Contratou jogadores que o mercado oferecia, e disputados por outros clubes, montou um grupo que sempre dissemos ser forte, mas os resultados não vieram. Se a bola não entrar na casinha, nada feito. Infelizmente, no Brasil, os torcedores só pensam em títulos. É preciso olhar o legado, e Nepomuceno, apoiado por Kalil, vai deixar uma obra gigantesca, a Arena MRV, que porá o Galo no mesmo patamar dos grandes clubes europeus, pelo menos em matéria de estádio.
Como o Atlético é uma casa organizada, e na qual Alexandre Kalil é a maior voz, mesmo que ele fique na sua torcendo por quem está lá, Sérgio Sette Câmara será o candidato da situação. Nada mais justo do que manter no comando gente da própria equipe formada e liderada por Kalil. Sérgio eu conheço há 30 anos, homem honrado, advogado dos mais brilhantes, atleticano roxo, apaixonado. Terá ao seu lado Lásaro Cunha, o presidente do Conselho, Rodolfo Gropen, e todos os que sempre estiveram na gestão. É uma pena que a “Dama de Ferro” não vá voltar. Kalil não abre mão dela na prefeitura. Dá gosto ver uma equipe tão séria e tão competente tocando o destino do Atlético. E aqui um parêntese: Kalil fez o mesmo na prefeitura, formando uma bela equipe e por isso o trabalho está sendo enaltecido pelos belo-horizontinos. Quando se coloca gente certa no lugar certo, o resultado é o que estamos vendo na nossa cidade. O Galo é realmente uma paixão inexplicável. Diferente de tudo o que já vi no mundo do futebol.
Já escrevi outro dia e vou aqui novamente dar uma sugestão ao provável novo presidente: Sérgio, aconselhe-se muito com o eterno presidente, Alexandre Kalil. Ele é sábio, conhece os atalhos para vencer, um gestor de muita qualidade. Claro que a presidência será sua, mas ter um conselheiro como ele é um privilégio. Não tenha receio. Procure-o e terá sua mão estendida, disposto a ajudar o clube que ama e o qual tornou vencedor. Não sou atleticano, todos sabem, mas sinto um orgulho danado de ver essa turma que citei nesta coluna conduzindo os destinos do alvinegro. Em 2015, a bola bateu no travessão. Em 2016, bateu na trave. Em 2017, a bola foi para fora. Porém, tenho certeza de que em 2018 ela voltará a tocar as redes. Quando o trabalho é sério e feito por gente abnegada, o resultado são os títulos. E tenho a certeza de que Daniel Nepomuceno, injustiçado por muitos, também estenderá sua mão a Sérgio Sette Câmara. Afinal, a equipe montada por Kalil é coesa, séria e, acima de tudo, responsável. Pensem nisso, torcedores e conselheiros. Não façam essa gente séria e honrada desistir do Galo.