O Atlético havia perdido o terreno de Lourdes, onde ficava o Estádio Antônio Carlos e hoje é o shopping DiamondMall. Porém, três pessoas não aceitaram e lutaram na Justiça para que o terreno continuasse de posse do Galo. Francisco José de Moreno Netto (foto), jornalista e advogado, único vivo dos três. Os outros dois são Ornelas e José Ramos. Moreno Netto foi homenageado pelo Conselho Deliberativo, quando o ex-presidente do mesmo Emir Cadar fez menção a ele, que foi aplaudido. Ele descobriu a brecha na lei, moveu a ação, pagou as custas do processo, ganhou nas três instâncias e devolveu o terreno do Diamond ao Atlético. Moreno Netto abriu mão dos honorários. Realmente, um grande serviço prestado por esse atleticano.
À FRENTE DA OBRA
Além da família, que não queria mais que Daniel Nepomuceno fosse candidato à reeleição à presidência do Atlético, um outro motivo o fez desistir. Ele será o responsável direto pela obra e vai abraçá-la do começo ao fim do projeto. Nepomuceno poderia se reeleger e inaugurá-la, mas esse privilégio caberá a Sérgio Sette Câmara, candidato da situação, que terá sua chapa registrada em breve. Como no Atlético não há mais lugar para vaidades, Sette Câmara deverá dividir o momento com o ex-presidente e maior da história do clube, Alexandre Kalil, Rodolfo Gropen, presidente do Conselho, Lásaro Cunha, Adriana Branco, Emir Cadar, Domênico Bhering e tantos outros que fazem parte da história de redenção do Galo.
SÓ EM DEZEMBRO
Embora seja o candidato oficial da situação, com o apoio de Alexandre Kalil, Sérgio Sette Câmara não admite falar como tal e prefere trabalhar para que o Atlético se afaste o mais rápido possível do Z-4 e consiga uma brecha no G-6 para voltar à Libertadores em 2018. Vale lembrar que para um candidato registrar uma chapa é preciso a assinatura de, no mínimo, 50 conselheiros. Resta saber se a chamada “oposição” terá votos suficientes para disputar o pleito. Sérgio Sette Câmara não fala sobre dispensas ou contratação de um novo técnico.
FATO MAIS RELEVANTE
O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Rodolfo Gropen, interrompeu a fala de um dos conselheiros para anunciar que estava entrando no auditório Elias Kalil o presidente campeão da Libertadores, da Recopa e da Copa do Brasil, o prefeito de BH, Alexandre Kalil. Ele foi aplaudido de pé e as palmas não cessavam. A iniciativa de pôr Kalil para ser o voto de número 260, que daria a vitória ao sim, também foi de Gropen. De viva voz, Kalil anunciou que era o voto da responsabilidade e do trabalho que estava começando. Parecia um gol do Galo em final de campeonato. Todos celebrando com grande euforia. Outro detalhe importante é que mais de 86% dos conselheiros aptos a votar se fizeram presentes. Recorde dos últimos 30 anos.
DR. JOSÉ SALVADOR
Das 9h às 21h, Rodolfo Gropen e Sérgio Sette Câmara ficaram sentados à mesa aguardando a votação, enquanto a torcida, lá fora, entoava cânticos, como se estivesse no estádio. Gropen e Sette Câmara ficaram emocionados. O resultado de 325 votos sim, contra apenas 12 não, sepultou, definitivamente, os abutres e aves de mau agouro no Galo. O Dr. José Salvador, dono do Mater Dei, com 60 anos de Conselho, em reunião dias antes da votação disse que se o estádio não fosse aprovado ele renunciaria ao Conselho. Isso mostra a importância, magnitude e o gigantismo da Arena MRV. Felizmente, o doutor Salvador continua conselheiro, amando seu clube.