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COLUNA DO JAECI

Mattos quis demitir Oliveira

Marcelo Oliveira teria brigado com 3 jogadores, incluindo Tinga; Cuca sonda Galo

postado em 12/06/2015 12:00 / atualizado em 12/06/2015 13:57

Marcos Michelin/EM/D.A Press

Alexandre Mattos, bicampeão brasileiro com o Cruzeiro, quis mandar Marcelo Oliveira embora por três vezes, enquanto diretor de futebol do Cruzeiro. A primeira quando ele foi eliminado da Copa do Brasil pelo Flamengo. A segunda, quando da primeira eliminação da Libertadores, em 2014, e a terceira, no segundo semestre do mesmo ano, quando o time teve uma queda acentuada no Brasileiro. Os outros dirigentes azuis não deixaram. Agora no Palmeiras, ele contrata o ex-técnico azul para tentar salvar o Verdão. Incoerência total. E Marcelo já havia acertado desde segunda-feira, quando Oswaldo de Oliveira ainda não havia sido demitido. Foi o que disse, num churrasco em Curitiba, um de seus auxiliares.

PERDEU O GRUPO
Depois da saída do treinador, as coisas começam a vir à tona. Um dirigente do clube diz que Marcelo Oliveira brigou com vários jogadores, e até mesmo com Tinga, considerado um lorde por todos no Cruzeiro. Com o jovem Souza, jogador talentoso, foi pior. Ele o colocou em campo quando faltavam poucos minutos para o fim de um jogo e começou a gritar com ele. O Cruzeiro perdeu a partida, e Souza entrou no vestiário possesso. Foi para cima do comandante e só não chegou às vias de fato por causa da turma do “deixa disso”. No dia seguinte, disse à direção que não trabalharia mais com o jogador. A solução foi emprestá-lo ao Bahia, onde é um dos destaques. A diretoria lamenta a ausência do atleta. Com Dagoberto aconteceu quase a mesma coisa, e ele acabou indo para o Vasco. Viram como ele havia perdido o grupo?

OLHOS NOS OLHOS
Engana-se quem pensa que Vanderlei Luxemburgo trabalhou o grupo para o clássico apenas na parte emocional. Ele foi firme com os jogadores, perguntou se alguém estava insatisfeito, pois mandaria rescindir o contrato imediatamente, e mostrou no único treinamento que fez, na sexta-feira, que já conhecia o time, montando-o de forma diferente, privilegiando jogadores que jamais atuaram com o técnico anterior, caso de Alano. Na preleção, reafirmou que chegou ao Cruzeiro para ser campeão brasileiro, pois a Tríplice Coroa, conquistada em 2003, faz parte da história do clube. Falou que não admitiria acomodação e que só trabalharia com quem o olhasse nos olhos.

RONDANDO O GALO
O técnico Cuca, que, segundo informações, ganha R$ 1,5 milhão mensais na China, está sondando o Atlético por meio de seu empresário, Eduardo Uran, para um possível retorno. A ideia inicial seria voltar no fim do ano, mas ele não descarta retorno imediato, caso alguma coisa ocorra no clube. Diretamente, Cuca não trata nada com ninguém, e não se atreveria a ligar para o presidente Daniel Nepomuceno, que ficou muito chateado com ele no anúncio de sua ida para a China em pleno Mundial Interclubes, e quando levou Tardelli para o Shandong, time que dirige. A propósito, Nepomuceno não cogita mudar o comando técnico, mas espera que Levir Culpi volte com Leandro Donizete pelo menos quando estiver ganhando os jogos, pois, como a torcida, entende sua importância defensiva para a equipe.

SEMEANDO SONHOS
Edmílson, ex-jogador da Seleção Brasileira e campeão da Champions League com o Barcelona em 2006, tem em Taquaritinga, no interior de São Paulo, uma fundação cujo objetivo principal é cuidar de mais de 300 alunos oriundos de famílias consideradas de baixa renda. Desses 300 jovens, 70% conseguem colocação no mercado de trabalho graças ao aprendizado na Fundação Edmílson. Ele tem a ajuda do Barcelona, do Bahrain Projects e da Roca, mas está aberto a quem quiser agregar valores à instituição, que não tem fins lucrativos, mas que precisa da ajuda de todos para se manter de pé. De origem pobre, ele sabe muito bem o que é para uma criança ter de estudar e trabalhar ao mesmo tempo, pois viveu isso na sua infância, quando precisava trabalhar para ajudar no sustento da casa.

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