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Na volta à Série A, Cruzeiro teve a humildade dos campeões

Capítulo à parte para o trabalho de do treinador Paulo Pezzolano. Não o conheço pessoalmente, mas noto nele a visão dos campeões

Bob Faria, colunista do Superesportes, comenta a volta do Cruzeiro para a Série A do Brasileiro
foto: Bob Faria/Superesportes

Bob Faria, colunista do Superesportes, comenta a volta do Cruzeiro para a Série A do Brasileiro

Nada mais há para se dizer que não seja parabéns ao time do Cruzeiro. Não só pelo acesso, ou pelo título – que na minha opinião virá. Mas pela forma como a equipe construiu e pavimentou seu caminho de volta à elite do futebol brasileiro. Com a humildade dos campeões.

Humildade que faltou nos anos anteriores, porque a crença era de que bastava ser grande para estar entre os grandes. E isso não é verdade. É preciso se comportar com a garra, com a inteligência, com a determinação e com a humildade dos grandes para se manter entre eles. E demorou dois anos para que o cruzeiro, como instituição entendesse isso.

O ponto de virada para este momento, que é sim histórico (porque tão impactante quanto a queda é a jornada de volta), foi a determinação de que o grupo de jogadores não era um amontoado de craques, mas uma força coletiva de batalhadores, com os pés no chão e dispostos a juntar seus talentos para que o resultado fosse muito mais que a simples soma entre as partes.

Capítulo à parte para o trabalho de do treinador Paulo Pezzolano. Não o conheço pessoalmente, mas noto nele a visão dos campeões. Aquela visão de quem conhece seus limites, mas não se contenta com eles e busca soluções onde a maioria enxergaria impossibilidades.

Obviamente, que assim como disse o Ronaldo ao fim do jogo, esta é uma vitória esportiva, porque ainda há muito para se colocar no lugar administrativamente falando.

Mas, certamente, é muito mais fácil arrumar a casa quando os ventos são de vitória. Não as vitórias inebriantes, impulsionadas pela irresponsabilidade, mas aquelas vindas do mérito genuíno.

Levantar-se depois de ser derrubado é nobre e admirável, porque não é uma jornada para os fracos de espírito. E as cicatrizes que ficam nada mais são do que as marcas de batalhas vencidas.


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