Tivemos dois jogos neste domingo. Mas a verdade é que de apenas um vale a pena falar. Digo isso porque o jogo do Atlético contra o Brasiliense foi pura e simplesmente protocolar. A fatura estava liquidada desde a partida de ida no Mineirão, com vitória por 3 a 0, e o time reserva que o Galo colocou em campo sabia muito bem disso. Fez o mínimo necessário para cumprir a tabela. Sem mais sobre isso.
O jogo do Cruzeiro foi diferente. Valia a ponta da tabela na Série B, e mais que isso, valia mais uma acelerada na curva ascendente que o time vem desenvolvendo. Quinta vitória seguida (só no Brasileirão) e com um detalhe extremamente sintomático do trabalho que vem desenvolvendo o Paulo Pezzolano: sem tomar gols!
Uma defesa sólida e bem entrosada, que começa (como todo bom sistema defensivo) com os jogadores da frente, que pressionam com eficiência a saída de bola do adversário. Um meio-campo que, se não é o mais criativo possível, é extremamente eficiente na destruição de jogadas do adversário. E um sistema com 3 zagueiros que não só cobrem bem o setor, mas dão a saída de bola com qualidade. E quando a coisa chega à última instância, um goleiro que vive uma grande fase e está pegando tudo.
Muitos desses ingredientes nem foram necessários no jogo deste domingo contra o Sampaio Corrêa. O time do Maranhão não conseguiu em momento algum levar qualquer perigo ao Cruzeiro, que dominou a partida de ponta a ponta.
Isso pode até fazer pensar que o adversário era tão fraco a ponto de o Cruzeiro se impor sem nenhum esforço. Pelo contrário. Foi justamente o esforço demonstrado por esse grupo de jogadores que tornou a situação possível. E não tem como não mencionar os mais de 58 mil cruzeirenses que lotaram o Mineirão.
Essa é a materialização da crença de que, a continuar com esse caminho, o pesadelo do Cruzeiro tem finalmente data para acabar.