A cidade que mais preocupa em relação à comercialização dos bilhetes é BH. O sorteio direcionou algumas partidas de seleções de pouca tradição para a capital mineira. Os duelos entre Bolívia e Venezuela, no dia 22, e Equador e Japão, no dia 24, são os com menor apelo. O Comitê Organizador Local não disponibiliza dados oficiais de cada sede, mas informou que 65% dos bilhetes de todos os jogos do torneio foram comercializados. Agberto Guimarães, diretor de Operações da Copa América, acredita que a procura deve aumentar com o início da competição.
"Sabemos que, em qualquer produto, alguns são mais valiosos e desejados e no meio pode ter um ou outro que não desperte tanto interesse. Esperamos que, a partir de sexta-feira, com a bola rolando, gere um pouco mais de interesse com o público. Já vimos isso em outros grandes eventos. A partir do momento que o evento começa, as pessoas passam a se engajar mais", disse Guimarães. Para evitar as arquibancadas vazias demais, a competição distribuirá bilhetes para crianças carentes. "Fizemos parceria com uma série de instituições governamentais em quase todas as cidades com distribuição de ingressos a crianças sem custos para elas", acrescentou.
Longe do clima da Copa do Mundo
Grande movimento em bares e praças lotadas, cenários da Copa do Mundo, provavelmente não deverão se repetir agora. Por enquanto, é difícil encontrar estrangeiros com camisas de seleções pelas ruas de Belo Horizonte. No Mundial de 2014, a cidade foi 'tomada', especialmente por colombianos, chilenos e argentinos.
A grande atração da primeira fase será Messi e seus companheiros diante do Paraguai, no dia 19. Contudo, pesa para a vinda dos argentinos a crise no país.
Mesmo os mineiros que gostam de futebol parecem desanimados com a Copa América. O atleticano Júnio Oliveira, motorista de aplicativo, disse que o preço pesa no bolso. “Está muito salgado pela situação do país. E isso vai afastar muito o público que gostaria de ir aos jogos, mas não vai pela situação financeira”, disse.
Na primeira fase, o ingresso mais barato custa R$ 120, com meia-entrada de R$ 60. Na semifinal, o bilhete mais econômico disponível sai a R$ 290. Caso se classifique em primeiro na sua chave e avance nas quartas de final, a Seleção Brasileira jogará a semifinal em Belo Horizonte.
Para alguns, nem a equipe de Tite é capaz de aumentar o apetite pelo torneio. “O brasileiro, no qual me enquadro, está descrente com a Seleção. Tivemos esperança na Copa de 2018, mas após a Copa veio a descrença com a convocação. Tite chamou os jogadores antigos, de confiança, e não deu oportunidade ao jovens que estão se destacando. Isso desanima”, frisou o advogado João Luis de Campos Viveiros, que é cruzeirense e frequenta o Mineirão, mas não irá à competição da Conmebol. “O preço é incompatível com o nosso momento econômico. Sem falar que a Copa América não pode cobrar um preço parecido com os valores da Copa do Mundo. Tinha que ser preço de Campeonato Brasileiro, de Copa do Brasil, ainda mais nos jogos sem apelo”, frisou
Nos dois amistosos preparatórios da Seleção no Brasil, o público demonstrou pouca empolgação. Os torcedores não lotaram o Mané Garrincha nem o Beira-Rio. Na vitória por 2 a 0 sobre o Catar, 34.204 pessoas assistiram ao jogo em Brasília. Já a goleada sobre Honduras por 7 a 0 registrou o pior público da equipe da CBF desde 2001. Apenas 16.521 torcedores foram ao estádio do Internacional acompanhar o duelo.
Bancas 'ignoram' início da competição
As bancas da cidade, por ora, ignoram o início da competição. Esses tradicionais espaços se vestem de verde e amarelo, vendendo produtos como cornetas, flâmulas, camisas e álbuns de figurinhas, durante momentos importantes do futebol, como Copa do Mundo.
A reportagem do Superesportes percorreu a região da Savassi e não encontrou nada em referência à competição, que começa nesta sexta-feira. Alguns funcionários das bancas disseram que nem estavam sabendo da competição. Outros afirmaram que não compraram nem fizeram uma preparação especial porque a Copa América não tem o peso da Copa do Mundo. “Os produtos não saem, tomamos prejuízo”, disse Luiz Correia, em uma banca próxima à praça da Savassi, em BH.
INGRESSOS EM BELO HORIZONTE
Clique aqui e compre seu ingressoUruguai x Equador – 16/06, às 19h
Ingressos disponíveis em todos os setores
Categoria 4 - R$ 120 (R$ 60 meia-entrada)
Categoria 3 - R$ 180 (R$ 90 meia-entrada)
Categoria 2 – R$ 250 (R$ 125 meia-entrada)
Categoria 1 – R$ 350 (R$ 175 meia-entrada)
Argentina x Paraguai – 19/06, às 21h30
Ingressos disponíveis em três setores
Categoria 4 – ESGOTADO
Categoria 3 – R$ 180 (R$ 90 meia-entrada)
Categoria 2 – R$ 250 (R$ 125 meia-entrada)
Categoria 1 – R$ 350 (R$ 175 meia-entrada)
Bolívia x Venezuela – 22/06, às 16h
Ingressos disponíveis em todos os setores
Categoria 4 - R$ 120 (R$ 60 meia-entrada)
Categoria 3 - R$ 180 (R$ 90 meia-entrada)
Categoria 2 – R$ 250 (R$ 125 meia-entrada)
Categoria 1 – R$ 350 (R$ 175 meia-entrada)
Equador x Japão – 24/06, às 20h
Ingressos disponíveis em todos os setores
Categoria 4 - R$ 120 (R$ 60 meia-entrada)
Categoria 3 - R$ 180 (R$ 90 meia-entrada)
Categoria 2 – R$ 250 (R$ 125 meia-entrada)
Categoria 1 – R$ 350 (R$ 175 meia-entrada)
Semifinal – 02/07, às 21h30
Ingressos disponíveis em todos os setores
Categoria 4 – R$ 190 (meia-entrada esgotada)
Categoria 3 – R$ 290 (R$ 145 meia-entrada)
Categoria 2 – R$ 390 (R$ 195 meia-entrada)
Categoria 1 – R$ 590 (R$ 295 meia-entrada)