Um júri ordenou nesta quarta-feira (24) ao condado de Los Angeles o pagamento de US$ 31 milhões em indenizações pelas fotos feitas pelos primeiros socorristas que chegaram ao local do acidente de helicóptero no qual morreu o astro da NBA Kobe Bryant.
O condado foi obrigado a pagar US$ 16 milhões a Vanessa Bryant, viúva do ex-jogador, e US$ 15 milhões a outro querelante, Chris Chester, cuja esposa e filha também morreram no acidente de janeiro de 2020 em uma colina próxima de Los Angeles.
O julgamento civil em Los Angeles expôs como alguns membros das equipes dos primeiros socorristas mostraram essas fotos para pessoas não relacionadas ao caso, em particular a um barman. Um agente do escritório do xerife também os enviou para um amigo enquanto ambos jogavam videogame.
Em sua defesa, o condado de Los Angeles argumentou que as imagens nunca foram divulgadas e que seus funcionários de alto escalão se apressaram para excluí-las dos dispositivos eletrônicos dos agentes.
Mas, durante as duas semanas do julgamento, Vanessa Bryant e Chris Chester - cuja esposa e filha também morreram no acidente - revelaram seu constante medo de que as imagens um dia surgissem na internet. Ambas as partes entraram com ações judiciais por danos emocionais.
O advogado de Chester, Jerry Jackson, havia pedido ao júri na terça-feira para conceder aos dois queixosos US$ 1 milhão para cada ano de sua expectativa de vida estimada. Um valor que seria de US$ 40 milhões para Vanessa Bryant, de 40 anos, e US$ 30 milhões para Chris Chester, 48.
Jackson classificou a soma como uma "compensação justa e razoável". "Não há dinheiro suficiente para compensar o que eles viveram", disse. O advogado de Vanessa Bryant, Craig Lavoie, afirmou que buscava justiça e que os envolvidos precisam ser responsabilizados.
"Estamos aqui por causa de um comportamento intencional - o condado violou os direitos constitucionais da Sra. Bryant e do Sr. Chester." No ano passado, US$ 2,5 milhões foram concedidos a outras famílias de vítimas do mesmo caso.
Os jurados chegaram ao veredicto depois de aproximadamente quatro horas e meia de deliberações. A Comissão de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla em inglês), responsável pela investigação, concluiu em fevereiro do ano passado que o piloto do helicóptero foi o responsável pelo acidente ao cometer um "erro de julgamento" que provocou sua "desorientação" em meio a uma neblina espessa.
A morte aos 41 anos de Kobe Bryant, lenda do Los Angeles Lakers e considerado um dos melhores jogadores de basquete da história, causou grande tristeza em todo o mundo.