Aos 19 anos, o ala-armador do Minas está nos Estados Unidos, em preparação para o recrutamento, desde que o time mineiro se despediu da temporada 2021/2022.
Natural de Brasília, filho de Deivisson Santos, ex-jogador de basquete, Gui Santos, cria do Minas, vem da quarta temporada como profissional e, novamente, foi premiado. Além de campeão da Copa Super 8 em janeiro de 2022, foi eleito o melhor sexto homem do NBB - torneio no qual a equipe minas-tenista foi terceira colocada.
"A última temporada que tive no Minas foi muito boa, a gente conseguiu o título do Super 8, o terceiro lugar no NBB e na Champions League. Continua em evolução o projeto do Minas em si, mas sou muito grato mesmo pelo clube que ele foi para mim durante quase cinco anos. Tem sido ainda, sempre ajudou com as melhores estruturas, as melhores coisas sempre. Não tenho nada a reclamar do Minas, é um excelente clube", afirmou, ao Superesportes.
Desde o fim da temporada, Gui Santos realizou treinos específicos em várias equipes pelos Estados Unidos, como Charlotte Hornets, Portland Trail Blazers e Golden State Warriors - que na quinta-feira passada ergueu seu sétimo troféu da NBA.
"Tem aquela zoeira, tudo, mas sempre me dando dicas, falando o que tinha que fazer, como o jogo é, a diferença para o basquete Fiba. Tem sido uma experiência muito boa, me ajudado principalmente nessa questão de dentro de quadra", disse Gui a respeito da ajuda dos colegas.
Como é o Draft
A cerimônia do Draft, por mais um ano, será no Barclays Center, no Brooklyn, em Nova York, às 21h (de Brasília). A expectativa é de que o ala-pivô Jabari Smith, o pivô Chet Holmgren e o ala-pivô Paolo Banchero, todos do basquete universitário norte-americano, sejam os primeiros escolhidos entre Orlando Magic, Oklahoma City Thunder e Houston Rockets.
Serão 60 selecionados, divididos em duas rodadas de 30 escolhas, em um total de 149 jogadores - 14 atuam fora dos Estados Unidos, e 135 chegam das faculdades norte-americanas.
Gui Santos afirma não ter preferência por equipe e que, independentemente da escolha, ficará feliz. Ele também se inscreveu para a seleção em 2021, mas retirou o nome após testes e para maior bagagem visando 2022.
"Para mim, qualquer equipe que me draftar, que me der oportunidade, sei que vou trabalhar duro, fazer tudo de melhor que puder. Assim, naturalmente vai fluindo cada vez mais a importância no time, igual foi no Minas, no começo. Conforme você vai treinando, vai se dedicando, vai alcançando voos maiores", diz o jogador, que completa 20 anos na véspera do Draft.
Apesar disso, ele revela o sonho de atuar ao lado de duas estrelas da atualidade: o armador esloveno Luka Doncic, do Dallas Mavericks, e o ala Jayson Tatum, do atual vice-campeão Boston Celtics.
"Tem jogadores, sim, que sonho em jogar ao lado, que são jogadores jovens que acho que consigo jogar com eles. É o Jayson Tatum e o Luka Doncic. São os dois que mais admiro."
"Tem jogadores, sim, que sonho em jogar ao lado, que são jogadores jovens que acho que consigo jogar com eles. É o Jayson Tatum e o Luka Doncic. São os dois que mais admiro."
Evolução de Gui Santos
Gui Santos chega em definitivo ao Draft com 107 partidas no profissional (103 pelo Minas e quatro pela Seleção Brasileira – a última em 28 de novembro de 2020, pelas Eliminatórias da Copa América de 2022).
Alto para os padrões de um ala-armador, com 2,02 metros e 95 quilos, diz que tem muito a evoluir: "Sou alto, jogo na posição 2, mas acho que ainda tenho que melhorar muito. Questão de arremessos, leitura de jogo, essas coisas. E venho trabalhando firme para isso, justamente para ficar mais pronto para esses desafios internacionais que estão chegando".
O jogador também comentou a relação do Brasil com o basquete. Gui Santos avaliou a perspectiva do torcedor e também dos novos jogadores. A temporada 2022/2023 da NBA, que pode contar com o jovem brasileiro, começa em outubro.
"O recado que deixo para o brasileiro é que a gente está evoluindo. O NBB vem evoluindo muito, cada vez uma parceria maior com a NBA, e é isso que precisa. Não só para mim, como para outros milhões de jovens que estão vindo aí com grande potencial. Viver isso, ter a experiência de jogar com jogadores mais velhos, depois disputar competições internacionais".