Por mais que a organização não obrigue os jogadores a se vacinarem, a adesão deles ao imunizante tem sido satisfatória. "Nós só conseguimos solicitar a vacinação se houver um consenso com o governo, mas não temos planos de ir atrás disso. Vemos que nosso papel é encorajar que eles se imunizem e também demonstrar que os atletas receberão alguns benefícios nossos", explicou o executivo.
Os protocolos da liga para as franquias que têm pelo menos 85% dos atletas e da comissão totalmente vacinados são mais brandos. Essas pessoas podem se reunir com familiares durante as viagens, ir a restaurantes, dependendo das regras locais, e confraternizar até com colegas de equipe em situações que isso não era permitido.
Para a organização, a situação da pandemia do novo coronavírus nos Estados Unidos permite uma flexibilidade maior. "Nós já temos torcida em 90% das arenas e vemos nossos casos caírem significativamente. Não há muitas entidades, provavelmente no mundo todo, que fazem tantos testes como nós. Então temos estatísticas muito seguras. E esses dados sugerem uma real razão para o otimismo", afirmou o comissário.
Somando todos esses fatores, Silver destaca que a possibilidade de uma nova "bolha" é algo distante. "Eu acho extremamente improvável a esse ponto que faremos uma nova bolha para as finais ou playoffs". Mas ressalta que a NBA está atenta a uma possível piora da pandemia. "Nós sempre estamos de olho nas variantes. É isso que os nossos estão um pouco preocupados também".
Entretanto, ele reconhece que seu trabalho está passível de críticas. Nesta temporada, muitas medidas da NBA na prevenção da covid-19 foram questionadas. "Tem muita coisa que eu poderia ter feito diferente. Não sei nem por onde começar", comentou. Um dos temas mais criticados foi a realização do All-Star Game em Atlanta. LeBron James, astro do Los Angeles Lakers, definiu a existência do evento como um "tapa na cara".