MUNDIAL DE BASQUETE
Mundial de basquete na China sofre com desfalques e vê Estados Unidos ameaçados
Astros como Stephen Curry e LeBron James estão fora do torneio
postado em 30/08/2019 08:23 / atualizado em 30/08/2019 13:29
O mercado agitado de transferências da NBA vai impactar diretamente na disputa do Mundial de Basquete. Sem um grande favorito ao título por conta do desmanche do Golden State Warriors, alguns dos principais nomes da modalidade pediram dispensa para treinar com os novos companheiros e se preparar para a temporada 2019/2020 e vão desfalcar as suas seleções na competição.
Os Estados Unidos sentirão mais. Estrelas como Stephen Curry e LeBron James avisaram com antecedência que não estariam no Mundial. Mas, com o passar dos dias, vários atletas da pré-lista de 35 nomes para o ciclo Tóquio-2020 abriram mão do torneio. Draymond Green, Kawhi Leonard, Russell Westbrook, Paul George, Damian Lillard e DeMar DeRozan foram alguns dos astros que abdicaram da convocação. Até mesmo os menos badalados Julius Randle e Landry Shamet declinaram da participação. Sobraram como principais nomes Donovan Mitchell (Utah Jazz) e a dupla do Boston Celtics Jayson Tatum e Kemba Walker.
Mesmo sem estrelas, o treinador Gregg Popovich não deve aliviar para seus comandados em sua primeira competição oficial pelos Estados Unidos. Conhecido por seu temperamento forte, o cinco vezes campeão da NBA com o San Antonio Spurs era o auxiliar de Mike Krzyzewski, tricampeão olímpico (2008, 2012 e 2016) e bi Mundial em 2010 e 2014.
Uma das primeiras medidas de Popovich na seleção foi acabar com o uso de celulares nos jantares. "Sabemos que no esporte, quando as pessoas se importam com as outras, se amam e sentem empatia, as coisas funcionam melhor. Não nos conhecemos na seleção como nos clubes, é um processo lento, mas tentamos nos familiarizar a cada dia. Vamos para o jantar sem celular e as pessoas realmente conversam, fazem perguntas sobre como cada um cresceu, esse tipo de coisa", disse.
Nem mesmo a Austrália, rival que durante a fase de preparação derrotou os Estados Unidos por 98 a 94 e tirou uma invencibilidade de 13 anos (66 jogos) da equipe norte-americana terá o seu principal astro. Ben Simmons (Philadelphia 76ers) foi outro que optou por focar na NBA. "Era melhor usar o tempo em setembro para voltar para a Filadélfia para me familiarizar com meus novos companheiros de equipe e me preparar para a próxima temporada da NBA", disse o jogador em comunicado.
O time do Canadá será outro que vai sofrer com desfalques. Poucos dias após acertar uma renovação de contrato no valor de US$ 170 milhões (R$ 700 milhões) com o Denver Nuggets, Jamal Murray sofreu uma lesão no tornozelo e foi cortado. Além dele, outros seis atletas da NBA também serão baixas para o técnico Nick Nurse, atual campeão da NBA com o Toronto Raptors: Tristan Thompson (Cleveland Cavaliers), Shai Gilgeous-Alexander (Oklahoma City Thunder), Brandon Clarke (Memphis Grizzlies), Dwight Powell (Dallas Mavericks) e Andrew Wiggins (Minnesota Timberwolves).
ASTROS PARA ACOMPANHAR - Logo na fase de grupos a seleção brasileira terá pela frente uma das maiores estrelas do Mundial, o grego Giannis Antetokounmpo. Eleito melhor jogador da última temporada da NBA, o ala do Milwaukee Bucks está acompanhado de seu irmão, Thanasis. O membro mais novo da família, Kostas, também estava na relação para o torneio, mas acabou cortado.
Liderando a lista de favoritos ao título da própria Federação Internacional de Basquete (Fiba), a Sérvia conta com duas grandes estrelas. Nikola Jokic, pivô do Denver Nuggets conhecido por sua capacidade de também conseguir armar jogadas, e o carrasco brasileiro na Olimpíada da 2016, Bogdan Bogdanovic, do Sacramento Kings. O armador Milos Teodosic, ex-Los Angeles Clippers, foi cortado por lesão.
Mesmo sem Serge Ibaka, Sergio Rodríguez, Nikola Mirotic e o lesionado Pau Gasol, a Espanha também chega forte para a disputa com os velhos conhecidos Ricky Rubio, Sergio Llull e Marc Gasol. Outra seleção que tem grande potencial para causar dor de cabeça é a França e seu quinteto liderado por Rudy Gobert. O pivô do Utah Jazz é um dos principais defensores da liga norte-americana e pode ser um diferencial para a equipe que também conta com nomes como Nicolas Batum, Evan Fournier, Frank Ntilikina e Nando De Colo.
Tags: Estados Unidos brasil china mundial basquete