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Em busca da confiança: Espiga mira 'vitórias finais' no NBB para Minas chegar bem aos playoffs

Minas-tenistas disputarão dois jogos antes dos mata-matas do torneio

Matheus Muratori
Minas vem de uma sequência negativa de três derrotas no NBB - Foto: Orlando Bento/Minas
O Minas, sétimo colocado da fase classificatória do NBB, com dez triunfos em 24 compromissos (41.7% de aproveitamento), terá somente mais duas partidas, ambas como mandante, na Arena JK, em Belo Horizonte, para definir sua situação na sequência do torneio. O técnico Flávio Espiga quer a vitória nos dois confrontos, contra o 11º colocado Basquete Cearense (24 de março, às 11h) e o 12º, Brasília (26 do mesmo mês, às 20h), para o time chegar com confiança nos playoffs (mata-matas).

O Minas vem de uma sequência negativa de três derrotas no NBB. Em 16 de fevereiro, a equipe perdeu para o Franca, por 103 a 86, em BH. Depois, o time perdeu duas vezes no Rio de Janeiro: para o Botafogo, por 79 a 62, na última quarta-feira, e para o Flamengo, por 82 a 60, no sábado. Espiga espera que a equipe vença os dois últimos jogos para, além de garantir o mando de quadra (dado do quinto ao oitavo) nas oitavas de final, chegar com confiança nos playoffs.

“Estou muito concentrado no que a gente pode fazer, não estou pensando muito em possíveis adversários nos playoffs. Nestes dois jogos finais, é um momento importante para vencer, para ter mais confiança para entrar no mata-mata. A gente focou muito o nosso trabalho para chegarmos neste momento fortes, é agora que o campeonato se decide. A fase de classificação é para ajustes e para garantir algumas vantagens, mas agora é como se fosse corrida de cavalo.
É parelho, e é aquela arrancada final. Temos que chegar forte, vamos jogar dois jogos em casa contra duas equipe que temos condições de vencer, e isso que tentaremos fazer. É jogar bem e estar com a cabeça forte para entrar na fase eliminatória”, disse o treinador, ao Superesportes.

À procura de quinteto inicial e rotação ideais

Apesar de já ter disputado 42 partidas (oito deles amistosas) nesta temporada, o técnico Flávio Espiga busca quinteto inicial e rotação ideais para o time. O treinador admite que tem um quinteto definido, com Gegê, Leandrinho, Dominique Coleman, Wesley e Leozão. Entretanto, ele busca um equilíbrio maior a partir das mudanças no time ao longo das partidas, algo que não tem acontecido.

“A questão do nosso quinteto tem me preocupado bastante, porque a gente tem um quinteto definido, mais forte, mas a gente sente muito na rotação. Pois aí vem jogadores jovens na rotação, e às vezes quando você está trocando, em um momento que a gente precisa que eles venham do banco mais firmes, estamos tendo problemas. No momento em que estivemos mais equilibrados foi quando demos uma mesclada no time inicial, com jovens começando e outros experientes vindo depois, fomos mais competitivos assim. Mas vamos ver, temos mais dois jogos para firmar essa situação de quintetos e rotações para que a gente não sinta tanto e que não afete no desempenho”, analisou.

Um exemplo da falha nas rotações foi na última partida, na derrota para o Flamengo. Com Gegê, Leandrinho, Coleman, Wesley e Leozão iniciando o jogo, o Minas foi bem e chegou a abrir 12 pontos no primeiro quarto. Porém, com o decorrer da partida e com as mudanças nas equipes, o rubro-negro virou o jogo. Espiga admitiu que as alterações foram fundamentais para o revés para os cariocas.

“Até o terceiro quarto foi uma boa apresentação, conseguimos segurar o Flamengo e ofensivamente ter bons momentos. Mas faltou rotação, a nossa não esteve bem. Exigimos muito de alguns que estavam bem no jogo, e foi um dia de muito calor no Rio.
Aí o Flamengo teve vantagem, por ter um elenco maior. Ao contrário da gente, nenhum atleta deles jogou mais de 23 minutos, então isso pesou. Foi uma dura derrota, mas agora não devemos pensar nisso, é olhar para frente. Temos chances de volta para a sexta posição até o fim desta fase, mas o importante é olhar para dentro, ver o que podemos fazer de melhor e o que ainda temos a acrescentar antes dos playoffs”, finalizou o técnico do Minas, de 46 anos.
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