Flávio Espiga minimiza briga por G4, mas busca crescimento do Minas na reta final do NBB

A derrota do Minas para Franca no último sábado, por 103 a 86, pelo NBB, na Arena JK, em Belo Horizonte, interrompeu uma sequência de três vitórias seguidas dos mineiros na competição. Agora, a equipe do técnico Flávio Espiga volta às quadras somente em 6 de março, diante do Botafogo, no Rio de Janeiro, pelo torneio nacional. O treinador minas-tenista, que vê sua equipe na sexta posição da fase classificatória (10 vitórias em 22 compromissos e com 45.5% de aproveitamento), minimizou a “briga” pelo G4 e foca no crescimento do grupo na reta final da primeira fase.

 

“Top 4, mesmo se ganhássemos do Franca, não teria muitas chances. Estamos mais preocupados é com o crescimento da equipe. Tivemos uma melhora, em muitas coisas. Temos agora um tempo de treinamento, mas sem o Leandrinho não é legal, porque um jogador da importância dele pesa no trabalho. Mas ele volta dia 27, e a partir de 28 teremos dez dias para treinar ainda. Espero que ele, com a seleção, consiga a classificação para o Mundial. É muito importante, e ficamos orgulhosos de ter um atleta do Minas servindo, então faz parte. Com os outros, depois de dois jogos desgastantes, vamos tentar dar uma recuperada neles para reiniciarmos a semana bem”, disse Espiga, ao Superesportes. A fase classificatória do NBB tem fim em 26 de março.

 

Os quatro primeiros da fase classificatória do NBB se classificam diretamente para as quartas de final. As equipes do quinto ao 12º lugar avançam para as oitavas de final, no qual decidem a vaga nas quartas em melhor de três jogos. A partir de então, todo mata-mata é em melhor de cinco. O quarto colocado até o momento é o Mogi (15 vitórias e 6 derrotas, com 71.4% de aproveitamento), e o Minas não tem condições de alcançar mais esse grupo.

 

Espiga espera que, apesar do longo tempo sem partidas, a equipe do Minas não perca volume e ritmo de jogo. O técnico afirmou que tentará viabilizar algum amistoso neste período, em meio a treinamentos intensos.

 

“É importante a gente não perder essa competitividade, esse volume e ritmo de jogo que estamos. Ficaremos muito tempo sem partida, mas vamos tentar marcar um amistoso, fazer bastante coletivo, simular situações de jogo específicas para que eles não percam esse volume. Nossa estratégia é por aí. Temos que controlar. também. Lógico, não temos necessidade de estourar ninguém, mas o foco do treinamento é e será sempre não deixar a gente perder esse ritmo de jogo”, comentou.

 

A derrota para Franca foi o segundo revés centenários sofrido pelo Minas em 2018/2019. A outra foi em um amistoso contra o Ferro Carril Oeste, da Argentina, por 108 a 89, em Buenos Aires, no primeiro jogo da equipe nesta temporada. Apesar do placar, o técnico Flávio Espiga considera o resultado normal, tendo em vista a intensidade da partida contra os francanos.

 

“O primeiro quarto fez com que a gente, jogando em casa, buscando a vitória, tivesse que encarar o jogo deles, abrir um pouco mais e acelerar. Foi um jogo com muitas posses de bola, 66 arremessos para o Franca, 65 para a gente. Mostra que teve muito volume. Tentamos muito e, por esses números, chegar a 100 pontos é normal. Sofremos um pouco com a interpretação da arbitragem, não pudemos marcar forte, mas faz parte, temos que nos adaptar. Importante é que aconteça agora, porque é mais uma maneira de aprender e refletir, nos mostra que aquele início de jogo não pode se repetir. Temos que estar mais esperto. Mas o Franca teve um aproveitamento muito alto, e eles fizeram a parte deles. Gostei da briga da equipe, a gente correu atrás, não desistimos minuto algum, ficamos firmes. No primeiro quarto foi mais passivo, mas depois equilibramos o jogo”, finalizou o treinador.