Para comemorar o triunfo sobre os dominicanos e a vaga olímpica (que não vinha desde Atlanta-1996), os atletas brasileiros, sobretudo a molecada, vieram para a decisão com um estilo de cabelo moicano. Os únicos poupados foram Marcelinho Machado, Giovannoni e Marquinhos. Mas a brincadeira não deu sorte.
O Brasil, único que desbancou os albicelestes no torneio, provou do mesmo veneno do ano passado: Luis Scola deitou e rolou no garrafão nacional, foi o nome da partida e comandou a festa no tomado Ginásio Ilhas Malvinas.
O jogo
Com o Brasil engasgado, os argentinos fizeram jus ao apelido de "geração de ouro" e venceram os dez minutos por 21 a 9. Os brasileiros, encurralados pela pressão dos anfitriões, não conseguiram manter a boa performance da defesa e foram ineficientes nos contra-ataques.
Nos dez minutos seguintes, os verde-amarelos contiveram o ímpeto inicial dos albicelestes e deram mostras de que iriam equilibrar o confronto, mas o ala/pivô Luis Scola, algoz nacional no Mundial do ano passado, voltou a desequilibrar. O duelo foi ao intervalo com o placar de 35 a 27 para os mandantes.
Brasil e Argentina já estão garantidos em Londres. Mas as chances de outras seleções do continente americano ainda não estão esgotadas. República Dominicana, Porto Rico e Venezuela (terceiro, quarto e quinto colocados, respectivamente), disputarão no ano que vem o Pré-Olímpico Mundial. O local e a data não estão definidos.
No terceiro quarto, o banco da Seleção Brasileira (com Rafael Luz e Rafael Hettsheimer) prevaleceu novamente, assim como toda a competição, e a diferença foi apenas de dois pontos para o período derradeiro.
Nos dez minutos finais, os comandados do técnico Rubén Magnano voltaram a engrossar o caldo (chegou até a liderar por três pontos), mas a experiência dos veteranos da geração dourada da Argentina - que foi vice-mundial em 2002 e campeã olímpica em 2004 - falou mais alto: 80 a 75, com direito a uma emoção nos instantes finais.