O procedimento foi bem-sucedido. Wilsinho, de 76 anos, está na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sancta Maggiore. Ele segue fazendo drenagem da hemorragia no cérebro. Segundo familiares, ele está bem e lúcido. A previsão é de que tenha alta até sexta-feira.
A cirurgia teve caráter de emergência para conter hemorragia que pode ter sido causada por um aparelho instalado no cérebro do ex-piloto, no começo de novembro. O aparelho tem como objetivo reduzir os sintomas do Mal de Parkinson, doença com a qual Wilsinho convive nos últimos anos.
A hemorragia foi agravada por uma queda que Wilsinho sofreu em sua casa, na cidade de Santana do Parnaíba, no interior de São Paulo, na semana passada. Ele passou a sofrer mal-estar depois do acidente doméstico e realizou exames, que acabaram constatando a hemorragia. O problema exigiu a realização da operação, na madrugada de segunda.
Antes disso, em novembro, ele foi submetido a um procedimento cirúrgico para instalar um dispositivo em seu cérebro com o objetivo de reduzir os tremores nos braços e nas pernas. Ele vinha tendo dificuldades para andar. Mas, de acordo com familiares, os sintomas estavam diminuindo nos últimos meses, possivelmente em razão do aparelho.
Depois da operação para instalar o dispositivo, Wilsinho chegou a acompanhar corridas de automobilismo em São Paulo, como etapas da Fórmula Vee no Autódromo de Interlagos, em dezembro e em fevereiro deste ano.
Irmão do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, Wilsinho também é pai de Christian Fittipaldi, outro piloto com passagem pela F-1. Na categoria, Wilsinho disputou 38 corridas, entre 1972 e 1975. Seu melhor resultado foi uma quinta colocação no GP da Alemanha de 1973.
Mas ele ficou mais marcado na categoria por ter ajudado a criar a Copersucar-Fittipaldi, única equipe brasileira que já competiu na F-1. Wilsinho foi piloto e chefe do time até 1982, quando a equipe deixou o campeonato.