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ENTREVISTA EXCLUSIVA

'Garoto do estilingue', mineiro Warlley Alves exalta sonho de fazer estreia no UFC

Revelação do TUF Brasil 3, lutador de Governador Valadares lutará no Ultimate dia 31 de maio e exaltou o convívio com o falastrão Chael Sonnen no reality show

postado em 17/05/2014 08:00 / atualizado em 16/05/2014 15:20

Reprodução/Facebook

Túlio Kaizer, José Cândido Júnior e Vicente Ribeiro


Warlley Alves de Andrade é mais um dos mineiros revelados pela terceira edição do The Ultimate Fighter Brasil. O lutador de 23 anos, natural de Governador Valadares, está na semifinal do reality show e tem a garantia que, mesmo derrotado, lutará no TUF Brasil Finale, dia 31 de maio, no Ginásio do Ibirapuera, em card que terá 13 lutas.

Warlley conversou com exclusividade com a reportagem do Superesportes. Companheiro de Ronaldo Jacaré e Erick Silva na academia X-Gym, no Rio de Janeiro, o lutador demonstrou muito otimismo em estrear na maior organização de MMA do mundo. O mineiro foi discípulo de Chael Sonnen na casa do TUF e disse que mudou completamente sua visão sobre o norte-americano.

Para o dia 31 de maio, Warlley mostrará uma novidade no octógono. Conhecido como ‘Garoto do estilingue’, o mineiro, que foi proibido de usar o objeto no TUF, prometeu leva-lo em todas as suas lutas no UFC. Confira a história do atleta e toda a conversa do mineiro com o Superesportes.

Você e o Wagnão fizeram a semifinal do TUF e um de vocês foi derrotado. Mesmo assim, ambos terão chance de lutar no TUF Brasil Finale e devem ter mais oportunidades no UFC. Como você vê essa chance de lutar no maior evento de MMA do mundo?

Foi uma experiência muito bacana. Eu curti muito. Ainda estou amadurecendo e evoluindo muito como atleta, como pessoa, como homem. Estou muito feliz de estar vivendo isso. É uma fase nova na minha vida. Ter uma chance UFC é a realização de um sonho. Agora é batalhar para chegar lá e me esforçar para fazer o melhor possível.

Como você usou esse período no TUF para aprimorar suas técnicas?

Aproveitei bastante. Tentei absorver o máximo possível, de técnica, posicionamento e de estratégia. De fato, Chael Sonnen é muito estrategista. Eu acho que aprendi muito em treinar com a equipe dele, que é repleta de campeões.


Luiz Pires Dias/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images
Como foi sua relação com Chael Sonnen? Mudou a sua visão sobre ele dentro da casa?

Mudei completamente minha visão. Ele é diferente do que se mostra nas entrevistas. Fiquei muito surpreso com todas as atitudes dele. Existia um pré-julgamento a respeito do Chael. Mas ele é uma pessoa sensacional, uma pessoa maravilhosa, que dá atenção aos atletas. Estou muito feliz de ter escolhido o time dele. A melhor coisa que aconteceu na casa foi ter participado do time dele.

Minas Gerais começa a crescer o seu número de lutadores no UFC. Além de você e Wagnão, que devem ganhar oportunidade, o Bomba, outra revelação do TUF, ganhou um contrato com o Ultimate. Como você vê o crescimento do número de lutadores do estado no UFC?


Acho que é força de vontade. É uma honra fazer parte do povo mineiro, que está conseguindo despontar no esporte. Pretendo levar a bandeira do meu país e do meu estado e representá-los bem no UFC. Acho que o povo brasileiro sofre muito. Está na hora de mudar essa visão.

Como você viu o nível dessa edição do TUF Brasil 3? Foi melhor que as edições anteriores?

Sem dúvida. Tem um algo mais nesta edição com a rivalidade dos técnicos. O nível técnico da galera está muito alto. São lutas que impressionam, desde a fase preliminar. Graças a deus, eu estou lá na semifinal.

Conte um pouco de sua história de vida e no MMA.

Eu vim para o Rio de Janeiro com um ano de idade. Por indicação da diretora do meu colégio, minha mãe procurou um psicólogo, porque eu era um garoto muito hiperativo. Gostava de fazer muito coisa. A psicóloga, então, aconselhou a me colocar em algum tipo de luta. Comecei nas artes marciais com dez anos. Pratiquei muito e, graças a deus, estou aí no TUF.

Luiz Pires Dias/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images
Costuma passar o tempo em sua cidade natal?

Minha família é toda daí, de Governador Valadares. Eu vou muito aí. Meu pai teve um proposta de trabalho quando eu tinha um ano de idade e por isso fui morar no Rio. Aqui, eu tive a oportunidade de me estabelecer na luta. Mas Minas Gerais é o meu estado. Eu amo muito esse lugar.


Onde vem treinando para o dia 31?


Treino na X-Gym. Para mim, uma das melhores academias do mundo. Tem Ronaldo Jacaré, Paulo Thiago, Alan Nuguette, Erick Silva, além de uma outra galera muito boa. Faço meu camp aqui no Rio de Janeiro, na X-Gym.

Em qual categoria você deseja lutar no UFC, caso seja contratado: Quer se manter nos médios ou descer para os meio-médios?


Eu vou descer para os meio-médios, que é minha categoria de origem. Nunca lutei nos médios. Só lutei para entrar na casa. Assinando contrato com UFC, eu vou descer para os meio-médios.

Como foi a experiência de treinar com Yushin Okami, que foi desafiante do cinturão de Anderson Silva? Aprendeu alguma coisa em japonês?

Deu para me testar com Okami. Foi muito bom treinar com ele, que é um cara muito duro e já foi desafiante no UFC. Só aprendi apenas uma palavra, na verdade: ‘Fudoshi’, que significa guerreiro samurai, em japonês. Ele dizia que eu era um samurai. Não só com ele, treinar com todos lá foi muito importante para minha carreira.

Você foi companheiro do Guilherme Bomba no TUF. Como vê a contratação dele feita pelo UFC?

Bomba é um dos caras mais completos da casa. Ele teve uma luta dura, que eu tinha certeza que ele ganharia, mas acabou perdendo. Bomba é um dos caras que viraram amigos. Ele é do meu estado. Fiquei muito feliz pela contratação dele. Espero que muitos de lá também sejam contratados pelo UFC. E Bomba é um excelente lutador e vai dar muito trabalho ainda nessa categoria até 77 quilos.

Quem são seus grandes ídolos no MMA?

Eu me espelho em Jon Jones e Anderson Silva, que têm um jogo legal e são imprevisíveis. Gosto também do Jacaré. Eles são influências para mim.


Fale um pouco sobre sua marca registrada no MMA.

Eu tenho um estilingue que não pude levar para casa. Eu tenho uma atiradeira. Ela faz uma referência a Davi. Quando eu vou lutar com caras mais fortes, eu uso a atiradeira, para desafiar os meus gigantes. É uma marca registrada minha. Na casa eu não pude usar. Mas, no UFC, com certeza, eu vou usar. Eu sou o garoto do estilingue.

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