De quatro em quatro anos, apaixonados por futebol e por coleção juntam os dois interesses para completar o álbum da Copa do Mundo. Produzido e distribuído pelo grupo editorial Panini desde a edição de 1970 (México), o caderno deste ano reúne 682 cromos, o maior número já lançado, o que amplia o desafio para quem se interessa pela lembrança. Neste cenário, o professor do Departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas (ICEx) da UFMG, Gilcione Costa, decidiu se concentrar em outros números: a probabilidade de concluir a coleção.
Com o preço de R$2, o pacote de figurinhas da atual edição contém cinco cromos. Baseado neste preço, seriam necessários R$273 para se completar o álbum sem nenhuma figurinha repetida. Entretanto, de acordo com o educador, a chance de se terminar a coleção com tanta sorte é de uma em 10.276.
Mas, quanto, em média, um colecionador gasta para ter a lembrança completa em mãos? Segundo Gilcione Costa, sem levar em conta as trocas, seriam necessários 4.490 cromos para preencher os espaços vagos do caderno, o que geraria um gasto de R$1.520 apenas com figurinhas repetidas, além dos R$273 iniciais. Ou seja, o valor total, em média, giraria em torno de R$1.800.
De acordo com o professor, o ideal é que o fã de futebol opte pelas trocas, em vez de comprar, quando atingir 30% do montante total.
Panini e aplicativo facilitam coleção
Com o preço de R$0,40, a Panini, fabricante do álbum da Copa do Mundo, oferece a chance de o colecionador selecionar até 40 cromos pelo seu site oficial. De acordo com a distribuidora, as figurinhas demoram cerca de 15 dias para chegar.
Nos smartphones, o aplicativo ''Coleciona'', disponível para iOS e Android, também se tornou parceiro do torcedor. A partir de um diagnóstico manual, feito pelo próprio fã, a ferramenta informa quais são as figurinhas faltantes, repetidas e já coladas no caderno. O app ainda permite o compartilhamento das informações, o que facilita trocas por grupos de WhatsApp.