Primo de Pelé diz que Três Corações precisa de tempo para assimilar perda

Em meio às dezenas de pessoas que circulavam, nesta sexta-feira (30), na Casa Pelé – local onde Pelé nasceu e replica a casa onde o craque viveu seus primeiros anos em Três Corações – uma figura chama a atenção da imprensa e dos fãs do ex-jogador. Jorge Geremias Costa, de 69 anos, é primo do Rei e um dos familiares que permanecem na cidade do Sul de Minas. Abalado com a perda recente, ele simboliza a relação dos moradores com o fato de o município ter sido berço de uma das maiores personalidades da história.

Ao Estado de Minas, Jorge, que é filho da irmã de Dona Celeste, mãe de Pelé, afirmou que a cidade ainda está lidando com a informação da morte do craque. Segundo ele, ainda com a internação e as informações do quadro grave de saúde do primo, muitos ainda esperavam pela recuperação.

"Mesmo com ele internado no hospital, várias pessoas me paravam e perguntavam quando ele voltaria para cá. E quando vem a notícia da morte dele, é muito difícil. Não foi uma surpresa, mas ninguém queria que isso acontecesse. É muito ruim para a cidade. Todo mundo está muito triste. Porque, na realidade, o pessoal não pensava no fim dele, na morte", relata.

Para Jorge, a cidade e ele mesmo ainda precisam de tempo para assimilar a morte de Pelé, figura que tornou a cidade de pouco mais de 80 mil habitantes internacionalmente reconhecida.

 

"A cidade aqui está sentindo muito. Eu, como parente, então, mais ainda. A gente não quer que um cara igual a ele, o rei do futebol, reconhecido no mundo todo, morra, mas infelizmente, acontece. A ficha ainda não caiu", afirma.