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BOM SENSO FC

Sob ameaça de greve na última rodada, Marin torce para "tabela ser cumprida"

Protestos organizados pelo Bom Senso FC podem culminar em uma paralisação

postado em 28/11/2013 19:22 / atualizado em 28/11/2013 19:27

A Confederação Brasileira de Futebol virou alvo de frequentes críticas dos líderes do Bom Senso FC, depois da falta de acordos nas primeiras reuniões entre dirigentes e jogadores. Em meio aos protestos que se propagam nas partidas do Campeonato Brasileiro, o presidente da CBF, José Maria Marin, observa uma ameaça de greve dos atletas para a última rodada.

Questionado se teme uma paralisação no fim deste Nacional, o mandatário fez uma pausa de cerca de cinco segundos antes de dar sua resposta. “Vejo isso pelos jornais. A CBF cumpre seu papel de organizar a tabela e espera que seja cumprida. Vamos aguardar, mas nossa expectativa é de que os jogos transcorram normalmente”, afirmou o dirigente, calmamente, nesta quarta-feira.

Durante evento de lançamento de mais um patrocinador da Seleção Brasileira, o mandatário só se mostrou irritado no momento em que defendeu o calendário da próxima temporada, deixando claro que sua grande preocupação é organizar a Copa do Mundo.

“2014 será um ano totalmente atípico. A Seleção Brasileira vai disputar um Mundial em nosso País. Se os campeonatos vão ser todos adaptados, é porque estamos preocupados com nosso futebol, mas também com a organização. Temos de dar satisfação ao mundo inteiro e mostrar que temos competência para fazer uma grande Copa. É sobre isso que precisamos ficar conscientizados, o mundo inteiro estará de olho no Brasil”, comentou, com a voz mais alta, sem se referir diretamente ao Bom Senso.

Por outro lado, Marin tentou adotar um tom conciliador com os jogadores, que estão cada vez mais críticos em relação à postura da CBF. O presidente alega que está à disposição para conversar com os representantes do Bom Senso FC, mas não estipula datas e ainda adverte que há outros envolvidos na organização do futebol nacional.

“Já nos reunimos por duas vezes, e as propostas foram colocadas. Vínhamos debatendo algumas delas, mas algumas providências exigem as presenças de órgãos importantes e não dependem exclusivamente da CBF, envolvem também legislação, questão trabalhista e federal. Temos a maior boa vontade em atender a todos os segmentos envolvidos no problema. Existem associações e sindicatos de classes e não vou esconder que temos de ouvir também a Globo”, acrescentou.

As principais reivindicações do grupo de jogadores é a redução no número de partidas por temporada, período de férias de 30 dias, pré-temporada e também responsabilidade financeira dos clubes. Marin, então, explicou que alguns dos assuntos devem ser resolvidos diretamente entre atletas e equipes, sem a intervenção da CBF.

“A CBF precisa ter habilidade nisso, porque muitos assuntos são diretos entre jogadores e os clube, que são os que pagam os atletas. A CBF não pode fazer pressão sobre os clubes, forçando um entendimento entre eles e os jogadores”, acrescentou.

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