
Após a polêmica expulsão do zagueiro Dedé, no jogo entre Cruzeiro e Boca Juniors, na última quarta-feira, pelas quartas de final da Copa Libertadores, a CBF tratou de enviar um ofício à Conmebol, manifestando inconformismo com a decisão do árbitro paraguaio Eber Aquino.
Saiba mais
Erro de árbitro na expulsão de Dedé, do Cruzeiro, completa uma semana; veja questões que Conmebol não respondeu Depois de vencer Cruzeiro, Boca Juniors passa por mudanças para encarar o River no Superclássico Tite comenta expulsão de Dedé, do Cruzeiro, na Copa Libertadores: 'Erro grotesco' Após polêmica entre Boca e Cruzeiro, presidente do Grêmio diz ser preciso mudar 'conceitos' do futebol sul-americano Herói da virada do Cruzeiro sobre o River em 1991 acredita em reviravolta contra o Boca: 'Hora de fazer história'
No documento, o dirigente diz que “compartilha da preocupação com a atuação da equipe de árbitros na partida mencionada” e que “já tomou medidas a esse respeito”. O presidente da entidade máxima do futebol sul-americano afirma, ainda, seu “compromisso de melhorar a arbitragem sul-americana”.
Além da manifestação da CBF, o presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá compareceu pessoalmente à sede da Conmebol para cobrar providências da entidade e tentar anular a expulsão de Dedé, para que o zagueiro possa atuar no jogo da volta das quartas de final da Copa Libertadores.
O ofício assinado pelo presidente da Conmebol termina ressaltando “a boa gestão da Confederação Brasileira de Futebol e seu futebol em particular” e dizendo que a CBF “goza de grande prestígio em todo o mundo” e que é “membro da família do futebol sul-americano”.
Na prática, porém, o “prestígio” da CBF e as relações “familiares” da entidade com a Conmebol estão estremecidas desde que a Confederação Brasileira rompeu um pacto firmado entre todos os membros da Confederação Sul-Americana de votarem no mesmo candidato a país sede da Copa de 2026.
O combinado entre os dirigentes sul-americanos era apoiar a candidatura Canadá, Estados Unidos e México para o Mundial de 2026. Porém, o presidente da CBF, Coronel Nunes, descumpriu o combinado, e votou no Marrocos.
Apesar de o voto da CBF não ter feito diferença na escolha do país sede, uma vez que o trio da América do Norte venceu a disputa, a situação causou grande desconforto entre os cartolas sul-americanos.