Antes mesmo da chegada do treinador português, o clube voltou ao mercado para tentar corrigir deficiências do time geradas justamente pela baixa produtividade de algumas aquisições feitas em janeiro. Os laterais Bryan e Lucas, além do meio-campista Robinho, são as novas apostas de mudança desse panorama. Enquanto o ex-lateral-esquerdo do América chega para compor o elenco cruzeirense, os outros dois desembarcaram Toca II com status de titulares. Lucas, inclusive, assumiu essa condição, mas acabou expulso no jogo diante do Coritiba, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Robinho sofreu edema muscular no primeiro treino em Belo Horizonte e ainda busca a melhor condição física.
Dos oito contratados no início do ano, apenas o volante Lucas Romero, de 22 anos, chegou a conseguir uma vaga cativa entre os titulares. Mas o argentino perdeu prestígio com a torcida na primeira rodada do Brasileirão ao falhar na jogada que resultou no gol do Coritiba e ao pisar nas costas do venezuelano González após disputa de bola. Por conta desse ato violento, Romero será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quarta-feira e pode pegar até 12 jogos de suspensão.
Do restante da legião de estrangeiros, ninguém teve a regularidade esperada. O volante uruguaio Federico Gino, de 23 anos, estreou contra o Atlético-PR, pela Primeira Liga, e só ali foi razoável. A Raposa venceu aquele duelo por 2 a 1. Em outros cinco jogos, ele mostrou poucos recursos. Sua pior apresentação talvez tenha sido no último sábado, contra o Figueirense, jogando na lateral direita, função feita também nos tempos de Defensor do Uruguai. Gino errou passes curtos, cruzamentos e até arremessos laterais.
O baixinho argentino Matías Pisano, de 24 anos, ainda é uma incógnita. Único jogador no qual o Cruzeiro investiu nos direitos econômicos no início de ano, ele chegou cercado de expectativa, mas só teve flashes de bons momentos. No primeiro tempo da partida diante do Londrina, pela Copa do Brasil, por exemplo, ele foi lúcido e articulou algumas jogadas de forma eficiente. Muito pouco para quem custou US$ 1,7 milhão (50% dos direitos).
Versátil e mais rodado, o argentino Sánchez Miño, de 26 anos, foi aproveitado no meio-campo em alguns jogos, mas acabou se firmando na lateral esquerda. Marcou um belo gol de falta sobre o Guarani, pelo Mineiro, e participou ativamente dos gols sobre o Figueirense, no sábado, mas sofre com a rejeição da torcida por sua irregularidade.
Dos brasileiros contratados no começo do ano, o atacante Rafael Silva, sem dúvida, foi o que mais convenceu e se identificou com a torcida celeste. Ele chegou sem o prestígio dos gringos, mas fez seis gols, um deles no clássico com o Atlético, pelo Campeonato Mineiro, e ganhou prestígio na Toca II. Apesar disso, Rafael, que está contundido, é considerado reserva de Willian.
O centroavante Douglas Coutinho teve poucas chances como titular e mostra alguma eficiência. Vindo do Atlético Paranaense por empréstimo, ele tem quatro gols em 13 jogos, vários deles na condição de suplente. Em algumas partidas, foi a terceira opção de banco.
Veja os números dos reforços do Cruzeiro em 2016:
Bruno Nazário – 1 assistência em 1 jogo
Douglas Coutinho – 4 gols em 13 jogos
Federico Gino – 6 jogos / 1 cartão amarelo
Juan Sánchez Miño – 1 gol e 1 assistência em 17 jogos / 5 cartões amarelos
Lucas - 1 assistência em 3 jogos / 1 cartão vermelho
Lucas Romero – 1 gol em 12 jogos / 7 cartões amarelos / 1 cartão vermelho
Marciel – 1 assistência em 4 jogos / 1 cartão amarelo
Matías Pisano – 1 assistência em 13 jogos / 1 cartão amarelo
Rafael Silva – 6 gols em 15 jogos / 4 cartões amarelos
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