Introduzida no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB) neste sábado, a ex-jogadora de vôlei Fofão elogiou a ação do Minas em colocar a oposta Sheilla Castro, desde agosto de 2021, como auxiliar-técnica e embaixadora do programa trainee técnico-gerencial do clube, com intuito de incluir ex-atletas em comissões técnicas ou na área de gestão esportiva.
Aos 38 anos, Sheilla iniciou este período de transição das quadras e, agora, deve fazer sua despedida do vôlei profissional no Athletes Unlimited, torneio nos Estados Unidos com final previsto para 16 de abril deste ano, quando retoma as atividades no clube minas-tenista.
Fofão, que se aposentou das quadras em meio de 2015, aos 45 anos, afirmou que tem interesse em participar de um projeto neste modelo para seguir ajudando o vôlei brasileiro. A ex-levantadora atuou no próprio Minas entre 1999 e 2003 e, entre diversos títulos com a Seleção Brasileira, conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, na China, em 2008, ao lado de Sheilla, e dois bronzes: Atlanta-1996 e Sydney-2000.
"Em relação a Sheila, eu acho que isso é muito bom assim para o esporte, porque a gente não tem muitas vezes atletas que fazem parte de comissões ou até mesmo na parte de fora disso tudo. Mas, assim, da minha parte eu sempre entro e saio, entro e saio, e eu sempre digo que o momento que eu achar que vai ser uma coisa interessante, que eu esteja preparada, eu vou, vou entrar de cabeça. Eu nunca fechei as portas para isso não, mas acho que tudo na hora certa assim vai acontecer", afirmou, ao Superesportes.
Fofão, que foi homenageada durante o Congresso Olímpico Brasileiro, em Salvador, na capital da Bahia, também considera que o vôlei pode seguir conquistando bons resultados em nível internacional. Na última Olimpíada, em Tóquio, no Japão, em 2021, o feminino saiu com a medalha de prata, enquanto o masculino ficou em quarto lugar no torneio.
"Alguns esportes dependem de seleção, de resultado, mas eu vejo que o vôlei depende dele mesmo, do trabalho que é feito de acreditar no material humano que nós temos. Então, a gente tem muito valor, tem muitas pessoas que conseguem dar continuidade nisso, então a gente consegue manter a seleção no nível bom, os clubes também são favorecidos, e o voleibol cresce com isso. Então, a gente tem que ser aquela preocupação de não deixar com que isso termine. A gente cresceu muito, se estruturou muito, hoje a gente tem Minas como um celeiro de voleibol, por exemplo. Então, assim, eu acho que isso tem que se propagar por muitos, muitos anos, porque eu acho que o voleibol é um dos esportes onde mais se revela talentos", disse.
Para Fofão, a tendência é que tanto vôlei masculino quanto feminino sigam em níveis semelhantes.
"Eu vejo que a gente tem tudo para isso. Eu acho que o masculino, tanto feminino, sempre fizeram muito bonito nas competições, sempre trouxeram muitos resultados positivos. Então, acho que isso é um bom sinal, porque a gente sempre vê os dois bem nivelados ali dentro das competições, conseguindo os bons resultados. Isso é importante, porque geralmente o masculino vai bem, feminino vai mal, a gente deixa um pouquinho de lado, então os dois estão equilibrados a gente consegue ter essa visualização dos dois esportes de gêneros diferentes, mas no mesmo nível isso, acho que valoriza muito ou voleibol".
II Congresso Olímpico Brasileiro
"Minas eu acho que é um lugar onde respira vôlei. Eu joguei lá, então eu sei quanto as pessoas gostam de vôlei e eu fico muito feliz de estar com essa força tanto no masculino quanto no feminino, acho que merece muito pelo que eles fazem pelo esporte. Então, a gente vê que eles estão encabeçando ali os primeiros lugares da tabela, então é sinal que está sendo feito um bom trabalho, dos dois lados", disse.
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