Após recentes declarações da Agência de Segurança de Transporte dos Estados Unidos reforçando a obrigatoriedade da vacinação para estrangeiros, Novak Djokovic ficará fora de dois dos principais torneios da temporada: o ATP Masters 1000 e o Indian Wells. O tenista sérvio não se vacinou. 

As autoridades dos EUA decidiram, nessa quinta-feira (5), manter a exigência do comprovante de vacinação contra COVID-19 para estrangeiros até 10 de abril. Desse modo, Djokovic não poderá jogar as competições, marcadas para março, pelo segundo ano consecutivo. 

Em entrevista coletiva após avançar para as quartas de final do torneio Adelaide Internacional 1 na Austrália, nessa quinta-feira, o tenista declarou que não pode fazer nada em relação à decisão norte-americana: 

"Eu entendo e vi as notícias. Não sei se isso já é oficial, mas, se for, o que posso fazer? Nada. Vocês conhecem minha posição. As coisas são assim. Estou esperando, mas se eu não puder ir, não vou. E é isso", disse, ao ser perguntado sobre o assunto. 

Nesta semana, Djokovic está disputando o ATP de Adelaide, na Austrália, um ano após ser barrado de entrar no país pelo mesmo motivo. Na ocasião, o tenista foi levado para um centro de detenção de imigrantes, onde ficou aguardando resolver a situação por 10 dias. 

Recentemente, porém, a Austrália liberou a entrada de pessoas sem comprovante de vacinação contra a COVID-19, o que possibilitou o retorno do sérvio para a competição. 

O tenista espanhol, Rafael Nadal, comemorou a volta do rival. Segundo ele, o retorno de Djokovic faz bem para o esporte: "Novak está aqui, é bom para o tênis, bom provavelmente para os fãs", disse Nadal em Sydney. "Vamos ver. Os melhores jogadores na quadra sempre ganham".

Nesta sexta-feira (6), o sérvio, número 5 do mundo, derrotou o canadense Denis Shapovalov e avançou para as semifinais do ATP de Adelaide. Agora, vai enfrentar, o tenista russo Medvedev, sétimo no ranking.