O lateral Danilo, que está reunido com a seleção brasileira para a disputa dos amistosos contra Gana e Senegal na Espanha, elegeu as características que considera fundamentais para o próximo treinador do grupo. 

O Brasil está sem comandante desde a saída de Tite, no início do ano, depois de uma campanha considerada decepcionante na Copa do Mundo. 

- O treinador que for tem que ser um cara que goste de ganhar. Que seja bom no campo. Esse grupo é fácil de trabalhar. Um grupo muito profissional, exigente de si mesmo. O treinador que vier tem que ter um histórico, eu diria. 

O jogador falou também sobre o estilo de jogo que o novo comandante deve adotar à frente da seleção, que, segundo ele, leva em conta a história do time. 

- Tem que ser um cara que seja forte, tenha respeito, mas que goste de ter a bola, ser ofensivo, pra frente. É isso que pede a história da seleção brasileira, penso que é nessa linha que vai ser tomada a decisão. 

Danilo esteve entre os jogadores que se reuniram com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que tratou sobre o novo nome. Além do lateral, Marquinhos, Casemiro e Alisson também estiveram no encontro. 

A intenção, porém, segundo ele, não é decidir quem vai treinar o grupo, mas sim contribuir com ideias. 

- Eu fui o primeiro a dizer que não seria de outro mundo o presidente ouvir a opinião dos jogadores. Acho importante ter a opinião dos atletas. Mas a nossa intenção não é definir ou dizer o que está certo ou errado. Nosso papel é escutar e fazer com que o plano do presidente dê certo. Dar apoio para o presidente tomar a melhor decisão possível. É o papel dele - afirmou. 

- O nosso papel é, a partir do momento que o presidente diga o caminho, fazer com que o caminho seja feito da melhor maneira possível. É muito importante para quem chega, os jogadores novos que estão sendo testados, ter essa tranquilidade e respaldo dos mais experientes. 

Sobre eventuais discordâncias, o atleta de 32 anos que é considerado um dos líderes do grupo afirma que o papel dos jogadores é fazer com que a decisão de Ednaldo "dê certo". 

- Neste momento o nosso papel é fazer com que o que o presidente decidir funcione. Claro que podemos discordar, mas o nosso papel é fazer com que os planos dele deem certo. Assim teremos mais tranquilidade para trabalhar - comenta. 

- O presidente é um cara que escuta muito, está sempre presente e ativo. Fez mudanças muito bacanas em relação a coisas que dão benefícios ao futebol feminino, categorias de base. É um presidente muito atuante, que faz muito pela seleção brasileira. Entendo que não seja fácil tomar essa decisão, mas o nosso papel é dar respaldo e fazer com que dê certo - avalia. 

 

Nessa data-Fifa, os comandados por Ramón Menezes vão enfrentar Guiné e de Senegal. Contra Guiné, a seleção brasileira utilizará pela primeira vez um uniforme preto, uma iniciativa parte da campanha contra o racismo promovida pela CBF.

O jogo contra Guiné está marcado para sábado (17) às 16h30 (horário de Brasília). Contra Senegal, o time entra em campo na terça-feira (20), às 16h (horário de Brasília). 

Os jogos marcam a volta da seleção brasileira ao Grupo Globo depois da Copa do Mundo. Depois de não exibir a última partida, contra o Marrocos, os canais Sportv (fechado) e TV Globo (aberto), além do Globoplay (streaming) e ge (internet) devem transmitir os confrontos.