Neste sábado, a judoca brasileira Rafaela Silva se sagrou bicampeã mundial de judô na categoria até 57kg. Na final, ela venceu a japonesa Haruka Funakubo com waza-ari no fim da luta. Trata-se da primeira grande competição disputata por Rafaela desde que foi suspensa por dois anos.
Após a conquista no Uzbequistão, a brasileira comemorou e ressaltou o psicológico para ser campeã.
"Estou feliz com esse feito, com a minha medalha de ouro. Acho que foi a resilência, a concentração e o foco com o qual eu fui para essa competição que permitiu que a gente saísse daqui com essa medalha de ouro e eu estou feliz que consegui", disse Rafael Silva ao GloboEsporte.
Para Rafaela, a luta mais difícil foi a segunda, ainda nas oitavas da competição. Após passar pela uzbeque Ermaganbetova Nilufar, a brasileira encarou a búlgara Ilieva Ivelina, a qual destacoy como grande oponente.
"Foi sorteio. Eu vim logo com a menina da casa e lutar com a torcida que está tendo aqui, com o agito. Então, fiquei um pouco assim, sabia que precisava entrar bem concentrada, focada na luta. Era uma atleta contra quem eu nunca tinha lutado. Eu sabia que minha segunda luta seria muito dura, porque eu lutei contra essa atleta da Bulgária quatro vezes, ganhei duas e perdi duas e foi sempre muito disputado", disse a judoca.
"Eu ainda comentei com algumas pessoas que as minhas oitavas provavelmente seriam muito mais duras do que as outras lutas. Foi realmente o que aconteceu na competição, depois que eu consegui aquela vitória na segunda, entrei nas quartas e a competição foi caminhando ao longo do dia", concluiu.
Medalha no masculino
O dia contou, ainda, com outra medalha para o Brasil. Na categoria até 73kg do masculino, Daniel Cargnin conquistou a medalha de bronze. É o primeiro homem brasileiro a alcançar o feito desde 2017.
"Feliz por poder mostrar tudo que eu venho treinando, todas as dificuldades que eu estava passando, que eu não encarei isso sozinho. Eu fui luta por luta, uma de cada vez", disse o brasileiro após o terceiro lugar.
"Espero que isso seja o início de muitos resultados pela frente, porque a gente que é brasileiro sabe o quanto é pesado carregar essa bandeira no peito. A gente tem tradição em todas as competições que a gente entra e eu entro com essa mentalidade, que se eu fui convocado para cá pela CBJ, eu sou um cara que tenho que dar tudo de mim", comentou Daniel.