O sábado começou agitado e vitorioso para o Brasil no Mundial de Judô. A experiente olímpica Rafaela Silva (57kg) garantiu o ouro, sua sétima medalha em mundiais, ao vencer de forma espetacular a japonesa Haruka Funakubo.

O triunfo completa as outras conquistas de Rafa. Além desta, a judoca coleciona mais um ouro (2013), três pratas (2011, 2013 e 2017) e dois bronzes (2019).

Para chegar à final, Rafa teve que passar por Ermaganbetova em sua estreia, e deixou Ivelina Ilieva para trás nas oitavas de final. Depois, eliminou Daria Bilodid nas punições, nas quartas.

Na semifinal, a judoca contemplou um ippon sobre a número um do mundo, Timna Nelson-Levy. Na decisão, Rafaela Silva conseguiu um waza-ari espetacular contra Funakubo segundos antes do encerramento.

A atleta volta ao lugar mais alto do pódio após ficar dois anos suspensa. Em 2019, levou punição por conta de doping e perdeu as Olimpíadas de Tóquio. No ano passado, ela foi liberada para voltar a modalidade e, desde então, faturou as medalhas de prata no Grand Slam da Hungria, o bronze no Grand Slam da Geórgia e o bronze no Pan-Americano.

Quem também fez aparições neste sábado foi Daniel Cargnin (73kg), que conquistou o bronze e atingiu seu melhor resultado na temporada. Aliás, foi a primeira medalha do atleta no Mundial de Judô.

Ele estreou com vitória sobre Alexandru Raicu ao marcar um waza-ari e jogar de ippon para encerrar o combate. Depois, novamente com um ippon, superou Rustam Orujov e avançou às oitavas do Campeonato Mundial. Na próxima etapa foi a vez de Daniel encarar Alexander Gabler, que também foi despachado pela mesma maneira.

No entanto, nas quartas Cargnin foi derrotado por Tohar Butbul. Para seguir vivo na competição, Daniel passou pelo campeão mundial Lasha Shavdatuashvili, pela repescagem, para lutar pelo bronze. Na final, o brasileiro encarou Manuel Lombardo e eliminou o adversário com um ippon para faturar a medalha.

Daniel deu fim a um jejum que o Brasil vivia na categoria masculina. A última vez que o país havia ganhado uma medalha foi em 2017, quando David Moura levou a prata e Rafael Silva o bronze.

Por fim, a novata Jéssica Lima teve seu primeiro desafio diante da Munkhtsedev. Ela se mostrou superior em ataques e defesas e definiu a luta nas punições.

Na sequência, teve o confronto diante da Ana Rosa, que foi eliminada com dois waza-ari (ippon) e deu lugar para a brasileiras nas oitavas. Porém, na etapa a atleta foi imobilizada por Haruka Funakubo e encerrou sua participação no evento.

Neste domingo, às 9 horas (de Brasília), serão realizadas as finais de 63kg e 81kg. Nas categorias, o Brasil será representado por Ketleyn Quadros e Guilherme Schimidt.

Já na próxima segunda-feira, no mesmo horário, terá decisões de 70kg e 90kg. Maria Portela, Luana Carvalho, Rafael Macedo e Marcelo Gomes constituem o time brasileiro.